terça-feira, 20 de dezembro de 2011

parvoíce

confesso que me entristece um bocado ver alguns dos grandes parvalhões do passado a envelhecer, tornando-se previsíveis, aborrecidos e repetitivos. como já devem ter percebido, sou uma pessoa que preza bastante a parvoíce, pelo que me custa ver um declínio tão precoce em gente que tanto tinha ainda para dar. claro que me podem dizer que todos crescemos, e não podemos ser infantis para sempre. não é sequer uma verdade absoluta, mas nem é isso que estou a defender. não defendo qualquer desresponsabilização ou desconecção da realidade. nada disso. parvoíce para mim tem mais a ver com palavras do que com actos. passo a explicar:

o saudoso simão colhões, por exemplo, diria:

-a vida está difícil, a gasolina tão cara, qualquer dia tenho de começar a usar transportes públicos.

um parvalhão diria:

-a gasolina tá cara como o caralho, vou fazer um furo no jardim com a minha pila gigante a ver se encontro petróleo.

ambos têm consciência do problema, no entanto o parvalhão é bastante menos aborrecido de ouvir. o parvalhão entretém. o saudoso (chamemos-lhes assim) é um tédio.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

epic is epic

pussy costs money, dick is free. any money you spend on dick is a bad investment cuz when it comes to women and money, i tell you right now, nothing dries up a pussy quicker than a woman reaching for her wallet.







men you must get your money right, it's important for men to get your money right, women it's important for you to get your money right, but it's not as important for you as it is for us... why women? cuz no one will ever not fuck you cuz you're broke, your pussy will never be turned down for financial reasons, it ain't gonna happen, pussy is like visa, accepted everywhere.



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

amigos

ora aqui está um vídeo bastante esclarecedor, vejam:





obviamente, não é? a amizade está no buraco e em nada mais. é um simples facto desta vida e quem não o quer admitir, ou é hipócrita ou imbecil. deixo-vos um exercício bastante simples de realizar: imaginem por momentos, uma qualquer rapariga portuguesa, dessas com bué amigos bué fixes, que os têm aos múltiplos de mil no facebook. já está? ok, agora imaginem que algo acontecia a essa rapariga, algo que inutilizaria o buraco, insondável ou não. um acidente que a atirasse para uma cadeira de rodas. nascer um crocodilo dentro do buraco. transformar-se em homem, da noite para o dia. não interessa, qualquer coisa que o inutilizasse serve para o caso. e agora a questão que se impõe:

quem acha que nada mudaria? quem acha que continuaria a ser simples resolver problemas do quotidiano indo ao facebook escrever coisas como "estou com tanta fome, mas não me apetece cozinhar:(" ou "está a chover tanto e tenho de ir ao shopping...:("? quem acha que os tais amigos se continuariam a degladiar para serem o imbecil que paga as contas e faz de criado, quando deixasse de haver um objectivo ao fundo do túnel? alguém?

eu também tenho amigos, mas nenhum deles consideraria cozinhar para mim só e apenas devido à minha falta de vontade para o fazer. e sabem porquê? porque não há a menor possibilidade de tal acto levar a qualquer buraco. não há incentivo;).

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

vítor pereira vpc

tal como previ há já largas semanas, o porto está fora da champions. foi um falhanço que se veio juntar à eliminação na taça de portugal, também esse nada surpreendente. o que surpreende, é a quantidade de gente que continua a defender o vítor pereira. está para além de esquizófrenico. este é o pior porto de que tenho memória, é frustrante vê-los a tentar jogar, mete dó. uma equipa que há uns meses tão bem jogava não consegue agora fazer 3 passes seguidos. é exasperante o discurso de vítor pereira que, falhanço após falhanço, consegue descortinar virtudes onde elas não existem, num raciocínio lunático e imbecil, expresso num português arcaico. não, vítor pereira não tem desculpa. herda uma equipa já feita, que jogava de olhos fechados, limitando-se assim o seu trabalho única e exclusivamente a não estragar, não destruír. simples.

não obstante, falha em toda a linha. falha na champions, apesar do grupo medíocre que nos calhou em sorte, onde 14 pontos era o mínimo aceitável, fruto de vitórias nos jogos em casa e no chipre, e 2 empates fora, ante zenit e shakhtar. falha na taça de portugal, de onde sai vergado por um humilhante 3-0 imposto pela académica de pedro emanuel. e vai falhando no campeonato também, com empates comprometedores ante feirense, benfica e olhanense, todos eles completamente inaceitáveis e fruto da sua incompetência. lembro-me perfeitamente da minha reacção à substituição do guarin no jogo contra o benfica, foi uma coisa do género: "que tás a fazer filho da puta???"

vítor pereira é um fracasso, um erro, um incompetente atroz, e todos os que o defenderam, e continuam a defender, merecem o que está a acontecer. eu defendi a saída de vítor pereira imediatamente a seguir ao empate frente ao apoel no dragao, que foi simplesmente vergonhoso. feirense. benfica. apoeal. os sinais estavam lá, só não viu quem não quis. só não viu quem preferiu argumentar que não se pode despedir um treinador que vai em primeiro no campeonato. é uma lógica interessante. imaginem um hipotético caso de violência domestica a ser julgado num qualquer tribunal do nosso belo país:

juiz - então pelo que julgo compreender a acusação pretende uma pena de cadeia de 10 anos para o acusado, é isso?
acusação - sim meritíssimo!
juiz - mas repare, eu não posso enviar o sr. gervásio para a cadeia...
acusação - como assim? as provas dos maus tratos são irrefutáveis...
juiz - seja, mas alguma vez o sr. gervásio causou lesões graves à sua esposa?
acusação - por sorte ainda não, mas...
juiz - ora lá está, não há um braço partido, um ombro deslocado, nada... as minhas mãos estão atadas...
acusação - mas meritíssimo...
juiz - lamento mas não posso fazer nada, tenho de dar o benefício da dúvida ao sr. gervásio...

domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

hidromacacada

há uns dias, na aula de hidráulica, reparei numa coisa engraçada. aqui na universidade do minho, as portas das salas tem uma parte envidraça que, suponho eu, serve para os mais incautos se certificarem que estão no sítio certo antes de entrarem na sala. pois bem, sem me querer estar a gabar, reparei numa outra funcionalidade desse envidraçado, quiçá bem mais importante. como todas as grandes descobertas, também esta aconteceu por acaso: como chego sempre atrasado a esta aula que devia começar as 14:00, tal como está estipulado no horário, mas que por alguma razão que me ultrapassa, começa às 13:30, tenho de me sentar na parte de trás da sala, ficando assim com os tais envidraçados no meu campo de visão. foi então com facilidade que me apercebi do facto de que quando os orcs saem ou vão a caminho das aulas, olham sempre, mas sempre, para dentro de todas as salas pelas quais passam, como quem está no pingo doce à procura de guardanapos ou de super-cola 3. porquê? perguntar-se-ão vocês de forma terna e inocente. pela razão de sempre. gaijas. haverá mais alguma para estes orcs? hão-de reparar se tiverem oportunidade. e se calharem de estar nos corredores, hão-de ouvir uma coisa do género: "olha ali uma gaija" e um coro de vozes em uníssono a perguntar "onde?".

terça-feira, 15 de novembro de 2011

i am back but i am gone

bom, após quase 6 meses, decidi cá voltar. não tenho grandes justificações nem para uma coisa nem para outra. é verdade que tive mais que fazer, é verdade que o meu teclado esteve maluco por uns tempos e não me deixava usar acentos, e eu não gosto de escrever sem eles, é verdade que nem sequer estive sempre por cá, mas ainda assim, o que realmente se sobrepõe a tudo isto é o facto de sentir que não há mais nada a dizer. já só tenho palavras repetidas.

olho à minha volta e já nada faz sentido. vejo um país que é um buraco cada vez mais fundo, onde esta gente por quem não tenho qualquer apego vive feliz na sua ignorância. vejo a rotina que a mim me consome por dentro a ser abençoada por outros. vejo os que fazem falta partir cedo de mais e os filhos da puta durarem 100 anos. vejo tudo quanto é errado a vir ao de cima e a chuva a caír sempre em cima dos mesmos. já lá vão 25 anos e confesso que ainda não sei ao certo o que ando aqui a fazer. ao olhar para trás, tudo o que vejo é tempo queimado, vida que me fugiu.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

madrid

cheguei ontem de madrid. doente curiosamente. talvez tenha finalmente desenvolvido uma espécie de condicção patológica que se fará doravante sentir sempre que tiver de abandonar um país e regressar a este lamaçal. é tão possível como compreensível.

bom, talvez seja relativamente pública a repulsa que tenho pela língua espanhola e pelos espanhóis em si, mas ainda assim, tenho de admitir que, como aliás já esperava, levamos goleada deles também. digo-o aqui sem qualquer problema, é possível ter uma vida em madrid. não quero com isto dizer que madrid é a melhor cidade do mundo, ou que sonho lá voltar. nada disso. quiça, até pisei solo madrileno pela primeira e última vez. o que quero dizer é que madrid é uma cidade que faz sentido. e é tão simples uma pessoa aperceber-se de tal facto como fazer uma viagem no metro. vê-se gente. na sua vida. gente de ambos os sexos. com bom aspecto. ou não. a beber. ou quase completamente adormecida. é uma diversidade que faz bem à alma. e que se extende às ruas e parques da cidade. seja de noite ou de dia, há sempre gente na rua, não terão a chance de ouvir um cão, lá longe, a ladrar. mas sobretudo, não terão de olhar de frente para uma realidade obscenamente masculina. não. porque mesmo de noite, vêem-se vários grupos de raparigas. desmarcadas. true story. acreditem se quiserem. e mais, sei que já estou a esticar a corda, mas posso-vos dizer que cheguei a entrar e ver bares com mais mulheres que homens. impensável? sim, em portugal.

a própria cidade é por si só engraçada. não será a coisa mais bonita do mundo, mas não posso dizer que não vale a pena deitar-lhe uma vista de olhos. há muito que ver. e grátis, como qualquer tuga que se preze gosta.

quanto à noite, têm um sem fim de bares e discos por onde escolher. fica desde já o aviso no entanto, a partir das 3-4 da manhã, as discos transformam-se numa selva autêntica, pois nessa altura há já muito mais homens que mulheres e andam todos desesperados a ver se caçam alguma coisa. nada que não acontecesse aqui também se houvesse mulheres nas discos a essas horas tardias... como não as há, entretêm-se os guerreiros a abrir a cabeça uns aos outros. portanto, como podem ver, até na miséria somos mais miseráveis, essa é a verdade. e eu posso falar porque estive em 3 discos diferentes, na joy, no pacha e na kapital, e em todas foi a mesma coisa... por volta da 1 da manhã as coisas estavam bastante aceitáveis, como em portugal nunca se há-de ver. mas claro, à medida que a noite foi avançando... o canavial foi crescendo. normal. afinal de contas, ainda estamos a falar de espanha. e ainda assim, houve quem tenha vindo ter comigo, sem ser para cravar fosse o que fosse. mais uma coisa impensável em portugal.

bom, em abono da verdade, tenho de dizer que se bem que de certa forma até achei engraçado, as discos de madrid não me deixam grandes saudades. fica caro (com entradas na ordem dos 20-30 euros, e as bebidas a 12 euros) e acaba por não compensar. vale mais, muito sinceramente, saír pa rua, pa bares ou tascas. e é aqui, neste ponto, que madrid me deixou uma impressão positiva. não é melhor que a polónia, não é melhor que o brasil, não é melhor que a rsa, mas sabem que mais? é muito, muito, mas muito melhor que portugal. seja no metro, nas ruas, numa qualquer praça, num jardim, num parque, num museu, num café, numa esplanada... é na verdade possível acabarem por conhecer alguém que valha a pena. há uma vida para viver e aquele sentimento de que tudo é vão, e que o fim não depende de nós mas está somente à nossa espera, fica no aeroporto, à espera que regressemos.

dou-vos um exemplo. no sábado, estava à espera do metro para ir pa kapital e do outro lado da linha, à espera também para seguir no sentido contrário, estava um panasca (no verdadeiro sentido da palavra) e 2 raparigas. na altura havia pouca gente na plataforma e eu lembro-me de ter reparado que uma das raparigas, apesar de pequenita, não tinha grandes defeitos. faltavam uns minutos para o metro chegar, o que certamente explica porque é que, pelo menos no meu caso, sem querer, cruzei olhares com ela. e bem, tal como eu me apercebi, também ela se apercebeu, até porque nesse momento, sorriu e continuou a olhar directamente para mim, até que eventualmente eu desviei o olhar. e assim foi até que o metro acabou por chegar. entrei, olhei pela janela, e a rapariga olhou pa mim também, e naquele momento, passei a compreender melhor as amarguras de vida do james blunt.

e toda esta mariquice para quê? para vos dizer que esta ausência de propósito maior que nos vai preenchendo os dias, esta rotina vã que acaba com qualquer boa vontade... são uma fatalidade nossa e só nossa, mas uma fatalidade que não tem como extrapolar as fronteiras deste lamaçal rectangular. essa é a parte boa.

terça-feira, 26 de abril de 2011

o que é isto?

bom, ora adivinhem lá, para a imagem que se segue...



...qual seria a legenda correcta:

a) desembarque dos aliados na normândia
b) estância balnear sueca
c) miami beach
d) gata na praia

?

terça-feira, 19 de abril de 2011

credit where it's due

o alvim esteve há uns dias em lloret del mar, a pôr música pa canalha que foi em viagem de finalistas, esse importante capítulo na vida de qualquer estudante. principalmente para as miudinhas cujos pais não têm o bom senso de não deixar ir, possibilitando assim que sejam marteladas pelos 10 gorilas a que matematicamente têm direito. ou pelo professor de ciências, que bem vistas as coisas, também é filho de deus. bom, antes que me perca por outros caminhos, estava então a falar no alvim, que esteve em lloret del mar, e que posteriormente publicou algumas fotos no blog. esta era uma delas:




parece a mansão da playboy, não parece? lol. 100% homens. nem uma pequenina badalhoca infiltrada no meio dos makakos. nem uma. os meus parabéns à organização, há que reconhecer quando um trabalho é bem feito.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

good riddance

corria o longínquo ano de 1998, era a internet um luxo de todos aqueles que tinham um modem de 56kb, pintar no paint uma espécie de jogo, e o napster uma cena espectacular que dava pa sacar uma música ao fim de 2 ou 3 horas. e foi precisamente do napster que uma tarde, sem saber muito bem o que estava a fazer, pus a sacar isto:





já tinha a basket case e a when i come around e dei com esta não sei bem como. devo ter gostado do nome, que na altura, obviamente não me dizia absolutamente nada, uma vez que o meu conhecimento de inglês se resumia a zero. não deixa de ter a sua piada verificar que meia vida depois, ainda gosto do raio da música. e quando pego na guitarra, maior parte das vezes acabo por dedilhar isto. simples. mas no fundo com uma mensagem que cada vez faz mais sentido para mim: há que saber aceitar que tudo tem um fim. e olhar em frente, que o caminho ainda é longo.

domingo, 10 de abril de 2011

not the strokes?

estava há pouco a falar com o gigio sobre como nos últimos anos não tem saído um raio dum álbum em condições. parece ser um mal geral. dei o exemplo dos the strokes, de quem eu nunca esperei ouvir uma música má que fosse, e que conseguiram este ano mandar cá pa fora uma coisa absolutamente horrível que dá pelo nome de "angles". fui então buscar ao youtube o link da "machu picchu", que é a primeira música do "angles" e que assusta logo qualquer um, de tão má que é. mandei o link po gigio, e disse-lhe pa tentar ouvir durante uns 20 segundos, se conseguisse. e depois, carreguei num dos vídeos relaccionados, numa música chamada "life is simple in the moonlight", pois lembrava-me que era bastante má também, mas já não me lembrava da música em si. saíu isto:





não tem nada a ver com a "life is simple in the moonlight" que vem no "angles". o gajo que pôs isto no youtube diz que a música é dele. eu não sei. dá ideia que é uma demo, não só porque a qualidade é um bocado ranhosa, mas também porque de facto soa a the strokes, e a voz parece a do casablancas. o que eu sei, é que duma maneira ou de outra, se estivesse no "angles" era a melhor música do álbum. sad but true.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ao que chegamos

peço a vossa atenção para uma folha que vi hoje espalhada um pouco por todo o lado, ao chegar de guimarães:




para aqueles que não fazem ideia do que é a gata na praia, eu explico: a gata na praia, no fundo, são umas férias da pascoa no algarve para alunos da universidade do minho. há actividades desportivas e festas e eu sei lá que mais. mas há também uma regra: é preciso formar uma equipa mista de 8 elementos para se poder ir. e é aqui que as coisas se tornam complicadas porque homens há-os aos pontapés, mas mulheres, bem, mulheres não. aliás, se assim não fosse, que razão haveria para esta limitação às equipas? ela existe somente para controlar o fluxo de pila que iria afluir aos balcões de inscrições mal estes abrissem. e mesmo assim, depois lá em baixo é só pau à mesma, pelo que imaginar como seria se não houvesse qualquer limitação não é tarefa fácil. talvez uma coisa do género do torneio das 6 nações. ou uma coisa ainda mais bruta. não sei.

enfim, agora que já vos situei, posso falar sobre esta folha que está espalhada um pouco por todo o lado, aqui perto da universidade. eu pelo menos vi várias. por acaso, todas elas estavam ainda intactas, mas estou convencido que tal se fica a dever ao facto de muito provavelmente terem acabado de ser afixadas. afinal de contas, um convite tão tentador como este "precisamos de raparigas" sublinhado tem tudo para ser um sucesso. mais ainda quando estamos no "país" em que estamos. até aposto que por esta altura já os números foram todos arrancados, e estão a decorrer castings para seleccionarem as melhores raparigas de entre as inúmeras que almejam uma vaga na equipa destes ilustres desconhecidos. lol. enfim, já não faltará muito para se ver uma coisa deste género:



uma coisa é certa, a taxa de sucesso haveria de ser a mesma.

sábado, 2 de abril de 2011

yuck

não desgosto destes gajos.


foram os hackers

encerrou finalmente a importantíssima sondagem que decidi levar a cabo, pelo que é tempo de interpretar os resultados. ei-los:

qual é a melhor coisa deste país?

frango do braseiro
2 (9%)
cachorro do américo
10 (47%)
bife à moínho
1 (4%)
as gaijas
8 (38%)



sem grandes surpresas, o cachorro do américo foi o vencedor, e sobre isso não tenho muito a dizer: é uma vitória justa do campeão do costume. já quanto ao resultado das pequeninas, bem, só encontro uma explicação: muito provavelmente, o meu blog foi atacado por piratas informáticos que desvirtuaram a votação. só pode. de que outra forma poderiam as pequeninas ficar à frente do frango do braseiro?

quarta-feira, 23 de março de 2011

lindo, lindo, lindo

mandaram-me um vídeo hoje que está simplesmente genial. já o vi umas 50 vezes e ri-me que nem um perdido em todas elas. está lindo, lindo, lindo. é uma montagem com excertos de um filme de 1998 com o jim carrey chamado a night at roxbury. e é também um fiel retrato do macho tuga, que ilustra na perfeição o comportamento desse espécime selvagem na presença de fêmeas. só o final é que acaba por não ser aplicável à realidade portugesa, uma vez que após muito escavarem, quais arqueólogos à procura de peças da mesopotâmia, os homens lá conseguem desenterrar umas velhotas, já o makako tuga, acaba sempre a noite a bater umas canholas. lol.

bem, o melhor é verem o vídeo;).

terça-feira, 22 de março de 2011

que aberração:|

confesso que já não me surpreende. estupidez na universidade do minho? já não me surpreende. soube hoje que não posso ir de erasmus. simples e directo. não posso. e porquê? pois bem, porque em civil, os critérios de admissão são uma aberração. o primeiro critério é o número de "cadeiras em atraso" do , e anos. ou seja, quem não estiver no , está fodido logo à partida, o que faz todo o sentido. por exemplo, quem manda aos alunos do ano não terem as cadeiras do 3º ano todas feitas? enfim, não fiz cadeiras que ainda nem sequer tive, agora não me posso queixar. faz sentido.

mas há mais, reparem, um gajo que tenha feito 30 cadeiras com média de 10, tem prioridade sobre um que tenha feito 29 com média de 20. a média é o 3º factor de desempate, logo depois das "cadeiras em atraso" até ao 3º ano, e até ao , caso o empate persista. espectacular, não?

mas melhor ainda, houve apenas 20 candidaturas, menos do que as vagas disponíveis uma vez que há mais de 20 destinos possíveis, e suponho eu, na minha inocente simplicidade, que haverá pelo menos 1 vaga para cada destino. trocado por miúdos, isto quer dizer que há alunos que vão ficar em terra, pura e simplesmente porque esta gente da universidade do minho não tem o mínimo de bom senso. se sobram vagas, que razão há para negar a participação a quem quer que seja? eu até tenho a 5ª melhor média, e devia ficar algures na metade de cima da tabela, não fosse esta parvoíce total que são estes critérios. mas mesmo admitindo este absurdo, se ao invés de negar a participação a quem não efectuou cadeiras que simplesmente nunca teve na vida se deixassem de palhaçadas, até podia ficar em último lugar na lista de prioridades que mesmo assim conseguia ir para onde queria. mas lá está, era simples de mais. óbvio de mais. lógico de mais. faz muito mais sentido andar a foder a vida às pessoas só porque sim. faz muito mais sentido ficarem vagas por preencher e alunos em terra, só porque não fizeram cadeiras que ainda nem tiveram. é a universidade do minho no seu melhor.


em coisa de segundos, veio-me esta formula à cabeça:

1,5*ae + 0,3*(nce/ncl*20) + 0,7*m

ae = ano em que o aluno está inscrito
nce = número de cadeiras efectuadas até à data
ncl = numero de cadeiras leccionadas até à data
m = média

vamos lá testar.

aluno 1
ano - 2º
cadeiras efectuadas - 9
cadeiras leccionadas - 10
média - 12,3

aluno 2
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 27
cadeiras leccionadas - 31
média - 10

aluno 3
ano - 3º
cadeiras efectuadas - 15
cadeiras leccionadas - 21
média - 11,2

aluno 4
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 35
cadeiras leccionadas - 41
média - 13

aluno 5
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 34
cadeiras leccionadas - 41
média - 16

aluno 6
ano - 2º
cadeiras efectuadas - 10
cadeiras leccionadas - 10
média - 15

aluno 1 -> 1,5*2 + 0.3*9/10*20 + 0,7*12.3 = 17.01

aluno 2 -> 1,5*4 + 0.3*27/31*20 + 0.7*10 = 18.23

aluno 3 -> 1,5*3 + 0,3*15/21*20 + 0,7*11,2 = 16.63

aluno 4 -> 1,5*4 + 0,3*35/41*20 + 0,7*13 = 20,22

aluno 5 -> 1,5*4 + 0,3*34/41*20 + 0,7*16 = 22,18

aluno 6 -> 1,5*2 + 0,3*10/10*20 + 0,7*15 = 19.5

e em poucos segundos se arranja uma forma de levar em conta todos os factores, sem qualquer impedimento que não seja a inexistência de vagas;). viva a universidade do minho, a tão propalada melhor academia do país.


domingo, 20 de março de 2011

my vagina

andava eu no ciclo quando esta música apareceu. na altura não tinha a menor noção do quão estúpida é a letra:p. anyway, hoje lembrei-me de ouvir isto e fiquei com a parte final na cabeça:





there's nothing finer than having a vagina. que verdade inabalável.

(L)

hoje de tarde estava na varanda a apreciar as maravilhas que este país tem para oferecer quando, sem que nada o fizesse prever, lá em baixo, no pisa o risco, um grupo de matarruanos começa a seguinte conversa, em altos berros:

- bamos ber o quim barreiros carailho!
- oh bou lá ber o quim barreiros ou o carailho!
- anda lá oh filha da puta!
- num bou nada carailho, já disse que num bou!
- bamos carailho!
- bou o carailho é que bou, se fosse pa comer a tua prima, agora o quim barreiros!
- bai po carailho intão oh filha da puta!

é esta a gente da minha terra. puro orgulho!

quinta-feira, 17 de março de 2011

million dollar question

- tens namorada?
- não.
- a sério?
- ya, não tenho.
- não acredito...
- lol, não tenho.
- como é possível?
...

million dollar question: onde foi que se passou esta conversa?

a) braga
b) guimarães
c) cracóvia
d) rio de janeiro

segunda-feira, 14 de março de 2011

it takes time to be freed from your role

voltei hoje ao fundo do poço: guimarães. depois de 2 semanas no mundo real, lá tive de voltar para este pesadelo que teima em não terminar. sinto-me imensamente deprimido, mas no fundo resignado com a cruz que tenho de carregar. já sabia que ia ser assim. o que não invalida que hoje não tenha amaldiçoado a minha vida e o facto de ter nascido neste país miserável que só merecia ser riscado do mapa. as pequeninas de nariz empinado cujas conversas parecem uma competição para ver quem sabe mais nomes de homens, os macacos cheios de estilo na sua infrutífera batalha diária por um buraco, os insuportáveis gritos de curso, as cidades desprovidas de vida, e a vida, essa mesma, desprovida de propósito maior, mergulhada numa rotina que mói por dentro e rouba tempo ao mesmo ritmo que o tempo nos vai levando a nós.

odeio tudo isto. odeio este país nojento com todas as minhas forças. mas odeio mesmo. não é possível odiar este buraco mais do que eu. estou num nível que já só dá para igualar. e não sou o único, que estas palavras nem sequer são minhas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

unthinkable

conhecem aquela sensação terrível de perda que se abate sobre nós quando alguém por quem temos alguma estima morre, ou quando algo inimaginávelmente mau acontece? pois bem, é assim que me sinto por ter voltado a este buraco rectangular que alguém encafuou na europa por engano. doi por todo o lado. é uma luta enorme só para levantar a cabeça, olhar para a realidade de frente e reprimir o choro. é mau de mais para ser verdade. mau de mais. se por alguma razão estúpida não me deixarem voltar pa polónia em setembro, acho que me atiro duma ponte abaixo.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

i shall not make such mistake

amanhã vou entregar os papéis para ir de erasmus. sozinho. parece impossível mas ninguém tem o menor interesse em vir. nem o meu irmão. as razões, não são de todo compreensíveis, mas enfim, talvez seja eu que funciono à base duma lógica simples e clara de mais. dou um exemplo: eu, na minha inocente simplicidade, coloco 2 condicções para a obtencção de algo que almeje: querer e poder. se quero e se posso, então há só que ir em frente! simples. quero ir de erasmus? quero! posso ir de erasmus? posso! então vou. a não ser claro, que por alguma razão não me deixem ir, o que pode acontecer, na universidade do minho já vi de tudo. anyway, isto que a mim me parece tão simples, e que na verdade o é, para outros é uma decisão complicadíssima, fruto de factores que não deviam nunca ser levados em conta, como o são os namoricos do primeiro quarto de século das nossas vidas. eu entenderia que uma decisão destas tivesse de ser tomada em conjunto se estivesse em causa uma relação séria e adulta, nunca um namorico. é que em boa verdade, estes namoricos são em toda a medida como as ondas, vão-se da mesma maneira que vêm, e quem escolhe abdicar seja do que for em nome de algo tão volátil, coloca-se num caminho que vai irremediavelmente levar ao arrependimento. eu não cometerei tal erro. nunca.

1-7/70-1

há uns dias, numa cidade mexicana cujo nome não me recordo, uns maluquinhos quaisquer lá dos cartéis de droga entraram num bar e começaram aos tiros. o resultado foi de 8 mortos: 1 homem e 7 mulheres. caso tivesse acontecido em portugal, tinham morto uns 70 homens e para aí 1 mulher, se por acaso trabalhasse alguma no bar em questão;).

é isso aníbal!

sim, eu sei que já vem fora de tempo, mas mandaram-me isto ontem e eu achei tão parvo, mas tão parvo, que tenho de pôr aqui:


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

taxa de piroca

vou copiar para aqui uma notícia do jn. ei-la:

"as mulheres portuguesas são, entre as europeias, as mais satisfeitas em relação à vida sexual, no que à frequência e à qualidade diz respeito.

no total, 88% das portuguesas confessam-se realizadas sexualmente, no que são seguidas por 75% das espanholas e 74% das austríacas.

o estudo "que querem as mulheres?", conduzido pela consultora internacional stategy One e apoiado pela pfizer, foi feito junto a 2500 mulheres da alemanha, áustria, espanha, portugal e suécia, todas elas com parceiro e numa relação estável.

entre as entrevistadas, as portuguesas destacaram-se, já que, qualitativamente, 440 das 500 portuguesas disseram-se satisfeitas.

quanto à frequência sexual, foram também as portuguesas que se destacaram: 81% tem relações pelo menos uma vez por semana, seguidas pelas espanholas (68%). Na fim da lista surgem as suecas: 45% tem relações de sete em sete dias."

ou seja, no que a pila diz respeito, somos uns campeões. é só mais uma prova de que somos um canavial imenso. obviamente que as portuguesas dinamitaram o estudo, com cerca de 10-20 macacos cada, como poderia o resultado ser outro? nem sei para que se deram ao trabalho de entrevistar mulheres portuguesas. quem vive no paraíso, assume-se obviamente satisfeito com tal condição. este resultado, tinha-lhes eu fornecido a custo zero. só tinham de perguntar.

lembram-se de ter geografia no ciclo? lembram-se daqueles mapas coloridos em que cada país tinha uma cor que correspondia a um determinado valor do fenómeno em estudo? podia ser a taxa de natalidade, o pib, o consumo energético, etc... lembram-se? pois bem, se houvesse uma medida para este fenómeno (taxa de piroca, ou pila interna bruta per capita, por exemplo), o mapa da europa haveria de estar colorido mais ou menos assim: escandinávia e europa de leste a azul clarinho, europa central e balcãs a verde, sul da europa a amarelo ou laranja, espanha a vermelho, e portugal a preto. de facto, uma medida bastante razoável para uma hipotética taxa de piroca, ou pila interna bruta per capita a preto seria talvez uns 2 metros. 2 metros de pila per capita, razoável, não?

uma nota final para o resultado das suecas, cerca de metade do das portuguesas: é justo! quem lhes manda serem feias e gordas? se fossem bonitas como as portuguesas também estavam no topo do ranking;).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

desculpem-me, como é?

dentro de alguns dias encontrar-nos-emos a caminho da polónia, e consta que as respectivas têm vindo a manifestar um acentuado desagrado com a viagem. não é uma situacção que eu consiga compreender. de todo. eu não tenho namorada, como é óbvio, mas admitindo o absurdo, se tivesse, e ao ser confrontado com tal desagrado, teria de atirar po ar algo do género: "mas então não é portugal que é espectacular? não é em braga que há 7 mulheres pa cada homem? não é no sardinha que é só gaijas? então? que falta de coerência é esta agora?". dá-me ideia que bem lá no fundo, mas mesmo lá no fundo, vocês sabem que portugal é uma espécie de quartel dos bombeiros em ponto grande;).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

e não é que é verdade?

pretty girls don't just park where they want to
they gotta go 'round in circles like we all do
just like a mother betrayed they're gonna find some day
everything is not OK


domingo, 6 de fevereiro de 2011

tá quase!!!

falta 1 exame. 15 dias para tar a embarcar daqui pa fora:D. já mal posso esperar. cracóvia e rio de janeiro, amar-vos-ei com certeza:).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

turn-offs

estava quase a ir pa cama, quando, sem saber muito bem porquê fui ter a um blog cujo último post era sobre os grandes turn-offs dos homens. eu acho sempre piada quando os espécimes que temos por cá ainda têm a lata de se queixar mas enfim, parece que nos tempos que correm, os maiores turn-offs são, e passo a citar: a unha comprida, a mania de arrotar, o tampo da sanita levantado, os palavrões ordinários, o amor devoto ao carro, a doença futebolística, a tendência para olhar para a mulher alheia e, claro está, o machismo, esse monstro mitológico que não há meio de morrer. eu de facto quase sinto a vossa dor. realmente, mulheres do calibre da portuguesa não merecem ter de passar por problemas tão sérios e graves como a unha comprida ou o tampo da sanita. reparem, chegamos a um ponto em que é tudo tão fácil, mas tão fácil, que os problemas que arranjam são estes. não existem, criam-se, a filosofia é esta. o tampo da sanita? vamos lá ser razoáveis, porque razão obscura se acham as mulheres no direito de exigir que o tampo da sanita esteja sempre em baixo? porque sim? só porque sim? dará mais trabalho a uma mulher baixa-lo, do que a um homem levanta-lo (sim eu sei que isto soa a um trocadilho digno do quim barreiros)? eu nunca ouvi nenhum homem, numa qualquer conversa de café com um amigo, a dizer:

- aquela gaja está-me a deixar louco pah, então não é que agora me deixa o tampo da sanita sempre em baixo? já nem sei o que fazer à minha vida.
- ui, foste logo arranjar uma dessas, estás tramado.

eu nunca ouvi. e no entanto, o princípio é o mesmo. a diferença, a única diferença, é que a mulher, qual princesa, tem de arranjar sempre problemas, tem de pôr sempre defeitos, e à falta de melhor, é isto que inventam. o tampo da sanita. é ridículo. há um ditado, que se não me engano, diz mais ou menos assim: "quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho". e é que nem de vidro são. nem de vidro: a ranhosice, a coscuvilhice, a mania de refilar com tudo, o materialismo ordinário, o amor devoto às malas, a doença dos sapatos, a tendência para terem uma guarda pretoriana de cerca de 30 gorilas, sempre de plantão...

e já nem falo no outro lado da moeda. o físico. não vale a pena. turn-offs? o verdadeiro turn-off é uma carteira vazia. haja dinheiro, e eu quero ver quantas de vocês se importam com os pêlos nas costas, ou os tampos das sanitas;).

ps: quem se sentir insultado, estará certamente a enfiar a carapuça;). hasta.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

killing time

às vezes, quando não tenho nada pa fazer, gosto de ver rankings como este das 10 melhores cidades com praia do mundo. entretém-me e, ainda que momentaneamente, tira-me portugal da cabeça. quanto mais não seja ao lembrar-me de clifton, que aparece em na lista. ou ao imaginar copacabana e ipanema, e , respectivamente.

dêem uma vista de olhos se não tiverem nada pa fazer:

10 baías mais bonitas do mundo
10 praias espectaculares
11 das maiores montanhas do mundo
12 desfiladeiros mais bonitos do mundo

domingo, 30 de janeiro de 2011

já faltou mais, mas ainda falta

2 anos, estava eu em cape town, recém-chegado, numa espécie de tour pela cidade, aquela feia cidade que mais parece um vilarejo medieval, sobretudo se comparada a metrópoles do calibre de guimarães ou braga. eu sinceramente não me imagino a viver numa metrópole onde à noite não seja possível ouvir as corujas e os mochos. não me imagino a viver numa metrópole onde não seja possível ouvir um cão a ladrar a meio da noite, numa ponta da cidade, e outro a responder-lhe, da outra ponta. não me imagino a viver numa metrópole onde não se ouçam galos a anunciar o nascer do dia. não. nem pensar. numa dessas cidades com vários milhões de habitantes, que têm o seu próprio respirar, uma espécie de ruído de fundo característico de quem está vivo, numa dessas não me apanham. eu gosto é de predictabilidade. saír à rua e reconhecer as caras que vejo, de outros dias que foram ficando para trás. gosto daquela sensação de claustrofobia que advêm da impossibilidade de fugir à rotina e quietude. gosto de saber que o meu amanhã vai ser exactamente igual a hoje, que por sua vez já é uma cópia de uma cópia. e gosto especialmente de ter perfeita noção que é assim que o tempo se me vai escapando. é a felicidade suprema ao alcance do comum mortal. tudo neste pedacinho de céu a que um dia, num outro tempo, alguém resolveu chamar de portugal.





amanhã é o met, aquela festa cheia de pila e pessoas animalescas onde eu, graças a deus e à sua infinita sabedoria, muito provavelmente nunca mais irei. calha bem porque tenho de ir a braga;).

sábado, 29 de janeiro de 2011

souto city

corria o ano de 2005, o já longínquo e relativamente desfocado ano de 2005, quando, talvez prevendo um verão espectacular de mais, pouco após o fim da época de exames, eu, o gigio, o pirocas e o marcos nos inscrevemos num programa de voluntariado. sim, é verdade, somos assim tão altruístas. basicamente, a troco de 14 euros, tínhamos de passar umas horinhas na capela de monserrate a olhar pa mata e avisar caso avistássemos fogo. quem é que, nesta troca, dava mais do que recebia? quem? digam lá. todas as manhãs, lá íamos nós, de toalha na mão, eu com a velhinha guitarra do meu primo a tiracolo, o pirocas com um djambé pequenito, o marcos de rádio na mão e o gigio com o bronzeador. claramente, qualquer traunsente que olhasse para nós, sentiria imediatamente um grande orgulho ao reconhecer em nós jovens trabalhadores esforçados, preocupados com o flagelo dos incêndios. anyway, uma vez lá em cima, era então tempo de estender as toalhas e estendermo-nos também. pelo menos enquanto o movimento de rotação da terra não levasse a sombra para longe de mais. e de vez em quando alguém dizia:

- vai ver se tá alguma coisa a arder pah.
- foda-se, eu fui o último, vai tu cabrão, nunca vais!
- olha que filha da puta, sou sempre eu que vou...
- po caralho pah.
- oh, que se foda então, também não deve tar nada a arder a esta hora.

todos os santos dias passava a "hotel yorba" e a "feel like john travolta" na radio. todos os dias também, ao meio-dia, ligavam-se os altifalantes com música religiosa, o que levava o pirocas a proferir uns bastante audíveis "cala-te ò filha da puta". eu dizia sempre que era lindo que um dia, enquanto ele estivesse para lá naquele recital, viesse uma procissão a subir o monte, a carregar a santinha, e a cantar avé marias... lol. dá-me ideia que sacrificavam-no logo ali em honra da santa.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

generalizo sim senhor!

tenho imensa dificuldade em entender aquelas pessoas que se sentem ofendidas com as generalizações. não será esse sentimento aquilo que na gíria se designa por "enfiar a carapuça"? é que dá toda a ideia que sim, que é, porque objectivamente, a generalização é um conceito perfeitamente válido e aplicável. se temos uma amostra para a qual determinadas características se verificam, é completamente razoável assumir que essas mesmas características, em geral, se verificarão no universo que essa amostra representa. dou um exemplo... não, dou 2 para não me acusarem seja do que for: é errado afirmar que todas as mulheres portuguesas são ranhosas. mas deixa de ser tão errado assim, com base na amostra que se tenha à disposição, afirmar que grande parte o é. é errado afirmar que todo e qualquer homem português é um macaco, burro como uma porta, mais primário que o homem de neanderthal. mas não é de todo descabido dizer que a afirmação anterior é válida para uma percentagem superior a 90% da população masculina portuguesa. espero ter-me feito entender. reparem, não raras vezes, quando se recorre à generalização, vem à tona o argumento "não generalizes, nem todos/todas são assim"... ora, haaaaa... não será isto um pleonasmo? não sei. digo eu. talvez se se substituísse a palavra "generalizes" por "totalitarizes"...

enfim, quem se sente ofendido com generalizações só pode ser por estar a "enfiar a carapuça". eu sou português (infelizmente) e se me dissessem "os tugas são mesmo estúpidos" não só não ficaria ofendido como teria de concordar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

sbsr

estranho. muito estranho o super bock super rock deste ano. até agora, estão confirmados the strokes, arctic monkeys, beirut e portishead... ou seja, até ver, nada de lixo. convenhamos que não é algo que se veja com frequência neste belo país de belos costumes. normalmente, quem quiser ver uma banda de jeito tem de se sujeitar a levar com toneladas de merda em cima. gira tudo à volta do dinheiro mas, ao fim e ao cabo, não é menos verdade que se fôssemos um povo minimamente culto, estas coisas não aconteciam. por alguma razão, em países a sério, há festivais onde é possível apanhar várias bandas em condições no mesmo dia.

bom, seja como for, mesmo sem saber o cartaz final, quero muito ir a este super bock super rock. não me parece é que vá ter essa sorte. calha em plena época de exames, de 14 a 16 de julho, pelo que não tenho grandes esperanças de estar livre para ir lá pa baixo nessa altura.


teorema do macaco infinito

acabei de ler a última crónica do rap na visão e estou para aqui a rir-me que nem um perdido. lol. não resisto a copiar para aqui um excerto:

"O leitor está familiarizado com o Teorema do Macaco Infinito? Se, como eu, é tão apreciador de teoremas como de macacos infinitos, estará certamente. Mas àquele reduzido número de leitores que não têm interesse especial por proposições demonstráveis e símios eternos, posso revelar que se trata de um teorema que afirma o seguinte: se um macaco martelar aleatoriamente as teclas de uma máquina de escrever durante um tempo infinito, acabará por, quase de certeza, dactilografar um texto como, por exemplo, as obras completas de Shakespeare. Não é, admito, um teorema a que se adira com facilidade. O bom senso diz-nos que o mais provável é que o macaco use os primeiros dez minutos do tempo infinito para partir a máquina de escrever e depois passe o resto da eternidade a comer bananas infinitas. Além disso, é um teorema difícil de provar, sobretudo tendo em conta a escassez de macacos infinitos - que obstaculiza o progresso científico de várias maneiras. Foi dessa frustração teórica que parti para postular o muito mais facilmente verificável Teorema do Ser Humano Finito. Diz assim: se certos seres humanos martelarem as teclas de um computador durante um tempo que não precisa de ser infinito, acabarão por, quase de certeza, dactilografar um texto que exprime opiniões próprias de um macaco. A experiência decorre, com um sucesso assinalável, nas caixas de comentários dos jornais online."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

portugal vs lituânia round 2

portugal vs lituânia round 1


encontrem as diferenças

quem gosta daqueles passatempos de encontrar as diferenças que preste atenção aos meus próximos 2 posts. aviso desde já que vai ser um desafio imenso. as semelhanças entre as 2 realidades retratadas nas imagens é tal que até o mais conceituado especialista se veria em apuros para descortinar as pequeníssimas diferenças entre elas. enfim, o único conselho que vos posso deixar é que cliquem nas imagens e as vejam em ponto grande. é apenas uma pequena dica. boa sorte a todos.

espectaculare

loooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool. não comento.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

couldn't care less

hoje ao vir pos arcos ouvi na rádio o hino de campanha do cavaco. está qualquer coisa de espectacular, ora ouçam lá, e digam-me se não tenho razão. por uns momentos até dá ideia que portugal é o melhor país do mundo e que temos uma sorte do caralho por cá viver. mas enfim, deixando os hinos de campanha de lado, que muitas vezes são a melhor parte da mesma, falemos então das eleições em si. estas que, sendo tão inúteis como todas as outras, têm a particularidade de eleger alguém para um cargo também ele completamente inútil. confesso que o meu interesse nesta campanha que dura há umas semanas tem sido absolutamente nulo, como é meu apanágio aliás e assim sendo, vou votar no meu fiel candidato de sempre: a abstenção. dir-me-ão que sou uma besta, que é por causa de pessoas como eu que este país não avança, etc, etc, blah blah blah... aquele discurso velho e gasto de quem não tem ideias próprias nem sabe muito bem o que dizer. a essa gente eu só digo: têm sido brilhantes os resultados dessas vossas históricas votações do pós 25 de abril. sem dúvida, estamos cada vez melhor;).

sou-vos sincero, não acho que algum dia vá dar-me ao trabalho de votar. é um esforço completamente inútil. é como remar contra a corrente, não leva a lado nenhum. não há opções válidas, nem solução que seja para este país. no dia em que esta lixeira se estiver a afundar no mar, eu vou estar lá longe, a ver pela tv, com um sorriso nos lábios.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

portas

paulo portas tencionava concorrer à presidência da república mas foi vítima de um complôt orquestrado por cavaco silva e manuel alegre. a wikileaks revela esta quarta-feira vários telegramas secretos que dão conta da apreensão de cavaco e alegre face à força de portas e do seu slogan. o líder dos populares era considerado uma séria ameaça pelos seus concorrentes que preferiram cortar o mal pela raíz e usar todos os meios ao seu dispor para afastar portas da corrida. a wikileaks torna público também aquele que era um esboço do que haveria de ser o cartaz eleitoral de portas:


brasil

não sei o que se passa com 2011. está a começar bem de mais. polónia em fevereiro, brasil em março... hmmm, será isto um sinal de que vou morrer atropelado por um camião cisterna? é que não estou, de todo, habituado a que as coisas me corram assim, bem. mas enfim, nem tudo são rosas, vou perder a folia carnavalesca de arcos de valdevez, onde certamente será batido mais um record do guiness, bem como a tradição da melhor noite da mulher no sardinha. vai-me custar abrir mão de coisas tão importantes e espectaculares como estas mas, suponho que não se pode ter tudo, não é? lol.

domingo, 16 de janeiro de 2011

mas que urso

lol, ouçam-me só esta personagem:





produtos essenciais. coca-colas. pepsi-colas. lol. só faltava falar em bollycaos, chocapics, rebuçados, chupas...

sábado, 15 de janeiro de 2011

estrokes

como diria o saudoso simão colhões, ouçam "estrokes" mas é:p


parvoíces e disparates

confesso que gosto de discutir com o bira. por uma razão muito simples, que é a seguinte: o rapaz tem sempre resposta para tudo. argumenta sempre de volta, quanto mais não seja recorrendo ao uso daquele recurso linguístico chamado disparate. foi o que aconteceu hoje, em mais uma noite a reter na memória para um dia mais tarde contar aos netos. de uma série de afirmações interessantes, desinteressantes, acertadas, estúpidas, saíram também as seguintes:

"oh pah, os gajos também tem de se sujeitar ao que há, claro que anda tudo atrás do mesmo, mas é mesmo assim. é o que há. tu também não és nenhum modelo, tens de te sujeitar"

ou seja, se fôssemos todos modelos, então sim senhor, haveria motivo para dizer que algo de errado se passa com o rácio obscenamente desequilibrado deste país, como não somos, então tudo bem. no fundo isto equivale a dizer que somos tão maus, mas tão maus que, vá lá, valemos cerca de 0,1 mulheres cada. é capaz de ser verdade é. eu era capaz de jurar que esta gente, macacos e pequeninas, se merece mutuamente, mas lá está, eu sou um grande parvalhão. sobre isto, fui agora desenterrar uma mensagem duma polaca ao facebook, que, disse-me ela, já esteve em portugal, espanha, itália, grécia, turquia (os 5 da pila) e na suécia:

"hehe yes..but I noticed that in those countries, especialy in portugal, when I see the couple usually boy is handsome and a girl ugly.then i think how is it possible that he wanted her ?:D lol but it's working like that..love love :)"

e eu, qual alma caridosa, tive a amabilidade de lhe explicar que todos esses handsome boys que ela viu com gajas feias, na verdade têm apenas 2 opções: ou a feia, ou a mão. e perguntei-lhe se na suécia também eram uns animais e lhe pagavam tudo. resposta:

"in sweden or poland they dont fight for territory or girls I guess...oh sometime a friend bought me a beer or sth..but they didn't do it with goal..just let's drink Agata..without any reward.. They buy sometimes, my friends in poland, but not like in latin countries... and in Sweden no one bought..."

o inglês não é o melhor mas a resposta é elucidativa. temos de nos sujeitar? nah. sujeita-se quem quer. quem não quer, pode sempre fazer pela vida e abandonar o barco.

"dizes mal delas, depois corre-te mal, como com a outra de psicologia"

e eu a pensar que a impossibilidade era mais de ordem monetária. ou que derivasse do facto de se ter atirado uma matilha de cães ao mesmo osso, como sempre acontece neste nosso belo país. ou até, quem sabe, da minha cor de pele ser demasiado clara. há surpresas nesta vida...

enfim, frase a reter: "não és um modelo, tens de te sujeitar". tudo bem. lol. como a beleza é um conceito subjectivo, até dou de barato que sou feio como o caralho. seja. mas então eu pergunto: sou gordo? não, pois não? tenho o corpo todo fora do sítio? não, pois não? sou estúpido? não, pois não? sou ranhoso? não, pois não? objectivamente, não. então, senhor andré paulo, faça o favor de me dizer onde estão os espécimes que, apesar de não primarem pela beleza, não têm o corpo em forma oval, nem a cabeça oca como um kinder surpresa sem a surpresa.