sábado, 27 de fevereiro de 2010

beijo=1000

ontem ao vir de braga, vim a ouvir ornatos, e a certa altura, disse o manel cruz:


é fácil amar e ser amado
é só ter jeito para falar o que é melhor de ouvir
mas o calor, que é tudo o que é bom
só acontece quando nada é claro
esconde o que é verdade e crú


é bem verdade não é? é esta, no fundo, bem vistas as coisas, a essência do makako.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

wisewise

voltei a não saír. por mais que custe ficar em casa, há que reconhecer que é a decisão acertada. saír à noite em portugal, é como ir ao estádio ver os jogos do sporting. pagamos para ver um espectáculo que sabemos à partida não nos ir agradar, de onde não vamos saír como vencedores. a verdade é esta.

eu não conto voltar a saír em braga. pelo menos até à páscoa, e quiça mesmo até ao enterro. tenho mais que fazer, e tou a pensar ir pa bratislava por uns dias nas férias da páscoa;).

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

up in the air

pois bem, ontem acabei por não entrar em campo. à última da hora deu-me um ataque de sensatez. ouvia a chuva a caír e não pude deixar de pensar "mas que vou eu fazer?". fiquei em casa e a partir daí, sabia que no dia seguinte só ia ficar feliz com a decisão. não gastei dinheiro à toa, não perdi tempo, não me chateei com nada, não me molhei. que há a lamentar na verdade?

fiquei a ver o up in the air, com o george clooney. gostei bastante. também eu vejo uma certa falta de esperança e sentido nas relações pessoais. também eu acho que nos atam, e esmagam. também eu acho que dificilmente haverá quem mereça o esforço.





tonight most people will be welcomed home by jumping dogs and squealing kids. their spouses will ask about their day, tonight they'll sleep. the stars will wheel forth from their daytime hiding places, and one of those lights, slightly brighter than the rest, will be my wing tip passing over.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

+1

hoje vou voltar a pisar os relvados bracarenses. vou faze-lo com um único objectivo: curar a gripe que me caíu em cima de domingo para segunda. vontade não tenho. moral também não.

sei de antemão que não vou aprender nada, que não vai ser agradável, que não vai ter piada alguma. sei de antemão que vai ser dinheiro mal gasto. mas agora que nem estou aqui sozinho, e que tenho que me curar, dê lá por onde der... tenho pois que me sujeitar.

depois conto como foi. vai com certeza ser um relato alucinante;)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

euforia

esta semana é a semana da euforia. estou eufórico sim senhor, confere:p. já não saio, a sério, com tudo o que isso implica, há mais de um mês. estou mesmo, mesmo, mesmo ansioso. lol. tou nada, tava a brincar. a semana da euforia, na verdade, é pior do que practicamente todas as que se lhe seguem. lol, tudo quanto é terriola ali à volta vai parar a braga, o que implica desde logo uma sobrecarga brutal de homens, que na verdade é um produto bastante escasso em braga. valha-nos ao menos o facto de ser tudo gente culta, azeiteiros e mitras nem vê-los. e valha-nos também saber que temos escolha.

bem, eu podia contar já aqui tudo o que vai acontecer nesta semana, mas não quero estragar as muitas surpresas que aí vêm;). stay tuned.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

diz que somos um país

o nome de josé sócrates aparece hoje ligado a mais uma trafulhice. um qualquer financiamento ilícito à fundação do figo, que visou garantir o seu apoio ao ps durante a campanha eleitoral. é um furo jornalístico como há muito não se via:p. valha-nos ao menos o consolo de saber que, desta vez, o dinheiro vai para uma boa causa:p.

é impressionante como do mais insignificante presidente de junta, até ao primeiro ministro, passando por dirigentes associativos, gestores/admnistradores ou banqueiros, tá tudo envolvido em escândalos e trafulhices. tudo a meter ao bolso e a safar os amigos. não temos qualquer futuro, é isto que somos enquanto povo. por mais que o tempo mude as faces do "poder", não nos mudará nunca enquanto pessoas, e enquanto pessoas, que olhamos para tudo isto e não fazemos nada, só temos o que merecemos. somos todos, quase todos, farinha do mesmo saco.

a verdade é esta, estamos na cauda da europa, desde sempre, e para sempre. é este o nosso eterno estado. ficar parados a ver os outros passar. a ver os outros evoluír. não temos atitude nem capacidade para fazer melhor. somos um povo atrasado, corrupto, ignorante e medroso. d. afonso henriques, onde quer que esteja, está certamente arrependido por ter andado a paulada para fazer disto um país. muita sorte tiveram os espanhóis. e muito ingratos são não reconhecerem d. afonso henriques como um herói. uma estátua era o mínimo.

dizem os livros que já fomos um grande país. talvez. mas tal facto só vem atestar o nosso poder de destruição. é de esperar que quem tem ovos, consiga fazer omeletes, ao invés de os deixar caír todos ao chão, certo?

enfim, estamos já na quarta década de democracia, e não sei se sou só eu que acho que uma democracia implantada à força de uma revolução onde espingardas iam enfeitadas com flores nunca foi um bom prenúncio.

eu, na minha inocência, não encontro uma vantagem que seja de viver em portugal, em detrimento de outro país europeu qualquer. uma só. simplesmente não encontro. alguém tenha a bondade de me indicar uma...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

o rio de janeiro num bolso

há uns anos atrás, aquando da entrada para o guiness com a maior concentracção de palhaços do mundo (record que muito prestígio trouxe à terra, não haja dúvida), arcos de valdevez afirmou-se como um destino de carnaval obrigatório no cenário europeu. este ano julgo termos ido mais além. as festividades ainda não terminaram, mas a crítica internacional é já unânime ao eleger arcos de valdevez como a capital mundial da folia carnavalesca. publicações de renome mundial fazem hoje capa sobre nós. "o rio de janeiro num bolso", lê-se hoje na time magazine.

pessoalmente, fico feliz ao ver a minha terra reconhecida internacionalmente. sempre achei que o carnaval brasileiro é só hype. nós é que estamos no topo, não são eles. temos frio. chuva. gordas a (tentar) dançar o samba. noites deprimentes de temática símia. uma discoteca de classe mundial, que dá pelo nome de azenha. não, nós é que estamos bem. ainda ontem, ao voltar pa casa por volta das 3:30, visto que me recuso a ir à azenha, não pude deixar de ter pena dos brasileiros. andam para lá numa loucura, a divertirem-se que nem cães... sem saberem onde acabam, sem saberem o que vai acontecer a seguir... coitados. o que eles não dariam para estar no nosso lugar. para estar em casa às 3:30.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

done, so done

último exame hoje. tá tudo feito:). mas adiante que história aqui não há alguma.

ao fim do exame, tive a sorte de apanhar o gabinete de apoio ao aluno aberto. sim, sorte. é que o senhor que lá trabalha pode gostar de muita coisa, mas trabalhar não é uma delas. anyway, fruto dessa sorte tremenda, consegui então comprar bilhetes pa voltar pa braga. e consegui também deitar o olho ao flyer da noite de carnaval no sardinha. dizia assim:

H:13
M:9

e digo eu que 13 euros para entrar no planeta dos makakos é bastante justo. aliás, olho para a foto aqui em baixo, e até acho barato.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SOS

o fred mandou-me esta foto há momentos. não há muito a dizer. as palavras tão gastas, e valem menos que a imagem, esta que aqui deixo, em honra daqueles que dizem que o sardinha é espectacular, e que "tem muita gaija":



no meio de tamanha obscenidade, qualquer pessoa de bem sentiria a necessidade de pegar num cartaz a dizer "S.O.S". não é difícil de imaginar. alguém ali no meio, com cara de quem não acredita na realidade, ansiando por socorro, tal e qual um náufrago, que faz uma fogueira numa qualquer praia de uma ilha perdida, na vã esperança de que alguém, lá longe, aviste o fumo e tenha a bondade de contrariar um destino que, de outra maneira, se adivinha negro.

desde 1997 a ser roubado

há uns dias, fui vítima de um roubo escandaloso que fez com que tivesse de repetir o exame de desenho. um roubo mais escandaloso do que a mão do henry contra a irlanda. e digo isto sabendo bastante bem a quantidade de trogloditas que não conseguiriam desenhar dois cubos um em cima do outro, e que, no entanto, passaram. pois que jurei a mim mesmo que quando chegasse a altura de repetir o exame, não ia dar qualquer hipótese que me fodessem de novo. de certa maneira não dei. de certa maneira foderam-me na mesma.

o exame foi hoje. tinha 2 desenhos. ambos para serem feitos com rigor. o primeiro, não era nada de transcendental. eram dadas 2 vistas, pedia-se uma representação isométrica da peça, a realização de um corte longitudinal, e a vista lateral esquerda. obviamente, não demorei muito a desenhar a peça. como não havia qualquer especificação, cortei a peça a meio, longitudinalmente como é óbvio. a vista lateral esquerda, não oferecia também qualquer dificuldade. esta parte valia 14 pontos. 6 para a representação, 6 para o corte, 2 para a vista lateral esquerda. fiz o que tinha a fazer, tudo direitinho com as mariquices todas, e passei po segundo desenho.

era esse mais complicado. uma figura um tanto ou quanto esquesita, mas, ainda assim, nada do outro mundo. acabei por visualizar a peça, e desenhei aquilo de forma quase perfeita. todos os tracejados incluídos, as vistas todas a baterem certo. tava tudo no sítio. tudo, tudo.

ao fim, o professor, conforme ia recebendo exames, ia-os corrigindo e informando o aluno em questão sobre a sua classificação final. pareceu-me que ia saber logo ali qual seria a minha nota. mas não pude. não pude porque houve umas gajas que estiveram o exame todo a fazer o choradinho ao professor. mas de forma absolutamente descarada. eu ouvi uma a dizer assim: "oh, professor, mas não dá para dar mais uns pontinhos nesta aqui?" ao que o professor respondeu "mas nessa já te dei a cotação máxima". foi tanto o choradinho, que tive de vir embora sem saber a minha nota, sob pena de perder o autocarro para braga. o que é verdadeiramente mau, é que não só conseguem o que querem, como põem o professor na pele de robin hood, roubando a uns para dar a outros. eu vi gente a entregar o exame que tinha o segundo desenho num estado lastimável, todo mal feito, sem qualquer rigor, linhas todas tortas, sem qualquer correspondência com as vistas dadas. e no entanto, fui ouvindo anunciar, 13's, 14's, e até 15's. pensei eu na minha inocência: "bem, se eles com o desenho assim têm estas notas, é bom sinal". devia ser. mas não. não sei se é por eu não ter mamas, se é uma questão de se ter de compensar dum lado o que se oferece do outro... só sei que fui alvo do roubo do ano. tive 12. e a verdade é só uma, não chumbei, porque era absolutamente impossível ser chumbado com o exame que fiz. o meu irmão ficou à espera pa saber as notas, visto não ter de apanhar o autocarro, e ao que parece, o corte que eu fiz estava mal feito. claro, que coincidência. fui logo errar na questão que não era absolutamente objectiva. logo naquela em que vários cortes serviam, visto que a única restrição era serem longitudinais. claro. o meu corte estava mal. alguma maneira haviam de arranjar. arranjam sempre. 6 pontos roubados nesta brincadeira. e mais 2 em mariquices, imprecisões. assim se transforma um 18 num 12. foi este o maior roubo que alguma vez me fizeram. obviamente vou lá ver o exame, e sempre quero ouvir a "justificação". claro que vou ter de manter a boca fechada, caso contrário nunca mais fazia a cadeira. mas pronto, for what it's worth, maior roubo de sempre.

e eu, sou já um veterano nestas andanças. desde o ciclo que ando nisto. no fundo sou como uma pastelaria que faz bolos tradicionais. como uma cooperativa que produz vinhos de excelência. como qualquer empresa que vende um produto de qualidade ano após ano:

joão daniel, a ser roubado desde 1997. 13 anos no mercado, sempre no topo.

no ciclo e no liceu, era a minha letra que era feia, ou a participação nas aulas que deixava a desejar, ou os trabalhos de casa, ou o facto de o meu pai não ser médico nem ter uma bomba de gasolina. eram estes os subterfúgios que usavam para justificarem os roubos. as minhas notas eram sempre arredondadas para baixo. às vezes mais do que um valor. em educação física tinha de ver as "meninas" que nunca faziam aula, nem conseguiam practicar qualquer desporto que fosse a terem mais do que quem na verdade fazia as aulas razoavelmente bem. a português, fruto de não gabar as botas à professora, ou a nova mala, fui obrigado a ir recuperar o que me roubaram no exame nacional. pelo menos essa teve de engolir um sapo. enfim, a lista é enorme, nunca mais acaba. na universidade, junto com este roubo de hoje, mas não ao mesmo nível, coloco aquele de que fui alvo num exame de álgebra, em que a professora me garantiu que não valia a pena colocar a versão do exame que eu fiz se o enunciado estivesse no meio das folhas de exame, mas que depois, aquando da correcção me valeu um 8. normal, metade da cotação do exame ardeu com a escolha múltipla. o meu 16 passou a 8. curiosamente, quando repeti o exame, sem ter estudado mais um minuto que fosse, fui lá buscar o 15. dessa vez esqueceram-se de mim. certamente que o (i)responsável foi despedido(a).

enfim. é esta a minha sina.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

dum po outro, do outro po um

esta cena tá de mais. a fazer lembrar as conferências de imprensa do chalana:p


taxi driver

hoje apanhei um táxista espectacular:

daniel - boa tarde. para a rua nova de santa cruz se faz favor.

táxista - sim senhor.

táxista
- viu aquele animal ali na rotunda? metem-se assim e não querem saber de nada. as pessoas não têm educação nenhuma.

daniel
- é. é só animais, tem razão.

táxista
- é por isso que este país nunca mais vai a lado nenhum. é só ladrões, só gatunos, só filhos da puta. eu digo-lhe, é porque já estou velho, se não ia-me embora.

daniel
- eu mal acabe os estudos, fujo daqui para fora e nunca mais cá volto garanto-lhe.

táxista
- faz bem. portugal não presta sabe. ainda esta semana, tanta coisa com a eta, tanta coisa com a eta, e eu só tenho pena é que eles não tenham posto uma bomba na assembleia da república. era arrebentar com aquilo tudo.

daniel
- é, fazia-nos falta uma organização como a eta para pôr isto em ordem.

táxista
- era isso mesmo.

daniel
- daqui a 200 anos estamos na mesma, 4 anos à esquerda, 4 à direita, e tudo na mesma. tudo igual.

táxista
- mas a culpa também é do povo que não vale nada. não se revolta. não sai à rua.

daniel
- lá isso é verdade, noutros países por coisas relativamente insignificantes há logo pancada. sabe que o português, falar fala muito, mas quando chega a hora da verdade, não faz nada.

táxista
- é mesmo. eu cheguei a ter problemas com a pide sabe, já não é do seu tempo, mas eu digo-lhe, nunca pensei que fossemos acabar assim. só escândalos, só escândalos, é uma vergonha.

daniel
- é fugir daqui enquanto é tempo. só nos espera o lodo se cá ficarmos.

táxista
- olhe, nem sei que lhe diga mais. onde é que vai ficar?

daniel
- é já ali à frente.

táxista
- sim senhor.

daniel
- deixe-me só pegar nas moedas.

táxista
- deixe lá isso. deixe lá os 40 cêntimos.

grande dia

há coisas que eu nunca vou conseguir perceber. há coisas que nunca me vão surpreender. grande dia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

braga, miami, tudo a mesma coisa

passei a noite toda a estudar po exame de hoje. directa em cima. tá agora arrumado pois correu bem. compreensivelmente, cheguei a casa cheio de sono, e acabei por ir dormir. comentário da minha mãe quando me viu a dormir: "andam na boémia, depois é isto".