domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

hidromacacada

há uns dias, na aula de hidráulica, reparei numa coisa engraçada. aqui na universidade do minho, as portas das salas tem uma parte envidraça que, suponho eu, serve para os mais incautos se certificarem que estão no sítio certo antes de entrarem na sala. pois bem, sem me querer estar a gabar, reparei numa outra funcionalidade desse envidraçado, quiçá bem mais importante. como todas as grandes descobertas, também esta aconteceu por acaso: como chego sempre atrasado a esta aula que devia começar as 14:00, tal como está estipulado no horário, mas que por alguma razão que me ultrapassa, começa às 13:30, tenho de me sentar na parte de trás da sala, ficando assim com os tais envidraçados no meu campo de visão. foi então com facilidade que me apercebi do facto de que quando os orcs saem ou vão a caminho das aulas, olham sempre, mas sempre, para dentro de todas as salas pelas quais passam, como quem está no pingo doce à procura de guardanapos ou de super-cola 3. porquê? perguntar-se-ão vocês de forma terna e inocente. pela razão de sempre. gaijas. haverá mais alguma para estes orcs? hão-de reparar se tiverem oportunidade. e se calharem de estar nos corredores, hão-de ouvir uma coisa do género: "olha ali uma gaija" e um coro de vozes em uníssono a perguntar "onde?".

terça-feira, 15 de novembro de 2011

i am back but i am gone

bom, após quase 6 meses, decidi cá voltar. não tenho grandes justificações nem para uma coisa nem para outra. é verdade que tive mais que fazer, é verdade que o meu teclado esteve maluco por uns tempos e não me deixava usar acentos, e eu não gosto de escrever sem eles, é verdade que nem sequer estive sempre por cá, mas ainda assim, o que realmente se sobrepõe a tudo isto é o facto de sentir que não há mais nada a dizer. já só tenho palavras repetidas.

olho à minha volta e já nada faz sentido. vejo um país que é um buraco cada vez mais fundo, onde esta gente por quem não tenho qualquer apego vive feliz na sua ignorância. vejo a rotina que a mim me consome por dentro a ser abençoada por outros. vejo os que fazem falta partir cedo de mais e os filhos da puta durarem 100 anos. vejo tudo quanto é errado a vir ao de cima e a chuva a caír sempre em cima dos mesmos. já lá vão 25 anos e confesso que ainda não sei ao certo o que ando aqui a fazer. ao olhar para trás, tudo o que vejo é tempo queimado, vida que me fugiu.