quarta-feira, 23 de março de 2011

lindo, lindo, lindo

mandaram-me um vídeo hoje que está simplesmente genial. já o vi umas 50 vezes e ri-me que nem um perdido em todas elas. está lindo, lindo, lindo. é uma montagem com excertos de um filme de 1998 com o jim carrey chamado a night at roxbury. e é também um fiel retrato do macho tuga, que ilustra na perfeição o comportamento desse espécime selvagem na presença de fêmeas. só o final é que acaba por não ser aplicável à realidade portugesa, uma vez que após muito escavarem, quais arqueólogos à procura de peças da mesopotâmia, os homens lá conseguem desenterrar umas velhotas, já o makako tuga, acaba sempre a noite a bater umas canholas. lol.

bem, o melhor é verem o vídeo;).

terça-feira, 22 de março de 2011

que aberração:|

confesso que já não me surpreende. estupidez na universidade do minho? já não me surpreende. soube hoje que não posso ir de erasmus. simples e directo. não posso. e porquê? pois bem, porque em civil, os critérios de admissão são uma aberração. o primeiro critério é o número de "cadeiras em atraso" do , e anos. ou seja, quem não estiver no , está fodido logo à partida, o que faz todo o sentido. por exemplo, quem manda aos alunos do ano não terem as cadeiras do 3º ano todas feitas? enfim, não fiz cadeiras que ainda nem sequer tive, agora não me posso queixar. faz sentido.

mas há mais, reparem, um gajo que tenha feito 30 cadeiras com média de 10, tem prioridade sobre um que tenha feito 29 com média de 20. a média é o 3º factor de desempate, logo depois das "cadeiras em atraso" até ao 3º ano, e até ao , caso o empate persista. espectacular, não?

mas melhor ainda, houve apenas 20 candidaturas, menos do que as vagas disponíveis uma vez que há mais de 20 destinos possíveis, e suponho eu, na minha inocente simplicidade, que haverá pelo menos 1 vaga para cada destino. trocado por miúdos, isto quer dizer que há alunos que vão ficar em terra, pura e simplesmente porque esta gente da universidade do minho não tem o mínimo de bom senso. se sobram vagas, que razão há para negar a participação a quem quer que seja? eu até tenho a 5ª melhor média, e devia ficar algures na metade de cima da tabela, não fosse esta parvoíce total que são estes critérios. mas mesmo admitindo este absurdo, se ao invés de negar a participação a quem não efectuou cadeiras que simplesmente nunca teve na vida se deixassem de palhaçadas, até podia ficar em último lugar na lista de prioridades que mesmo assim conseguia ir para onde queria. mas lá está, era simples de mais. óbvio de mais. lógico de mais. faz muito mais sentido andar a foder a vida às pessoas só porque sim. faz muito mais sentido ficarem vagas por preencher e alunos em terra, só porque não fizeram cadeiras que ainda nem tiveram. é a universidade do minho no seu melhor.


em coisa de segundos, veio-me esta formula à cabeça:

1,5*ae + 0,3*(nce/ncl*20) + 0,7*m

ae = ano em que o aluno está inscrito
nce = número de cadeiras efectuadas até à data
ncl = numero de cadeiras leccionadas até à data
m = média

vamos lá testar.

aluno 1
ano - 2º
cadeiras efectuadas - 9
cadeiras leccionadas - 10
média - 12,3

aluno 2
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 27
cadeiras leccionadas - 31
média - 10

aluno 3
ano - 3º
cadeiras efectuadas - 15
cadeiras leccionadas - 21
média - 11,2

aluno 4
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 35
cadeiras leccionadas - 41
média - 13

aluno 5
ano - 4º
cadeiras efectuadas - 34
cadeiras leccionadas - 41
média - 16

aluno 6
ano - 2º
cadeiras efectuadas - 10
cadeiras leccionadas - 10
média - 15

aluno 1 -> 1,5*2 + 0.3*9/10*20 + 0,7*12.3 = 17.01

aluno 2 -> 1,5*4 + 0.3*27/31*20 + 0.7*10 = 18.23

aluno 3 -> 1,5*3 + 0,3*15/21*20 + 0,7*11,2 = 16.63

aluno 4 -> 1,5*4 + 0,3*35/41*20 + 0,7*13 = 20,22

aluno 5 -> 1,5*4 + 0,3*34/41*20 + 0,7*16 = 22,18

aluno 6 -> 1,5*2 + 0,3*10/10*20 + 0,7*15 = 19.5

e em poucos segundos se arranja uma forma de levar em conta todos os factores, sem qualquer impedimento que não seja a inexistência de vagas;). viva a universidade do minho, a tão propalada melhor academia do país.


domingo, 20 de março de 2011

my vagina

andava eu no ciclo quando esta música apareceu. na altura não tinha a menor noção do quão estúpida é a letra:p. anyway, hoje lembrei-me de ouvir isto e fiquei com a parte final na cabeça:





there's nothing finer than having a vagina. que verdade inabalável.

(L)

hoje de tarde estava na varanda a apreciar as maravilhas que este país tem para oferecer quando, sem que nada o fizesse prever, lá em baixo, no pisa o risco, um grupo de matarruanos começa a seguinte conversa, em altos berros:

- bamos ber o quim barreiros carailho!
- oh bou lá ber o quim barreiros ou o carailho!
- anda lá oh filha da puta!
- num bou nada carailho, já disse que num bou!
- bamos carailho!
- bou o carailho é que bou, se fosse pa comer a tua prima, agora o quim barreiros!
- bai po carailho intão oh filha da puta!

é esta a gente da minha terra. puro orgulho!

quinta-feira, 17 de março de 2011

million dollar question

- tens namorada?
- não.
- a sério?
- ya, não tenho.
- não acredito...
- lol, não tenho.
- como é possível?
...

million dollar question: onde foi que se passou esta conversa?

a) braga
b) guimarães
c) cracóvia
d) rio de janeiro

segunda-feira, 14 de março de 2011

it takes time to be freed from your role

voltei hoje ao fundo do poço: guimarães. depois de 2 semanas no mundo real, lá tive de voltar para este pesadelo que teima em não terminar. sinto-me imensamente deprimido, mas no fundo resignado com a cruz que tenho de carregar. já sabia que ia ser assim. o que não invalida que hoje não tenha amaldiçoado a minha vida e o facto de ter nascido neste país miserável que só merecia ser riscado do mapa. as pequeninas de nariz empinado cujas conversas parecem uma competição para ver quem sabe mais nomes de homens, os macacos cheios de estilo na sua infrutífera batalha diária por um buraco, os insuportáveis gritos de curso, as cidades desprovidas de vida, e a vida, essa mesma, desprovida de propósito maior, mergulhada numa rotina que mói por dentro e rouba tempo ao mesmo ritmo que o tempo nos vai levando a nós.

odeio tudo isto. odeio este país nojento com todas as minhas forças. mas odeio mesmo. não é possível odiar este buraco mais do que eu. estou num nível que já só dá para igualar. e não sou o único, que estas palavras nem sequer são minhas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

unthinkable

conhecem aquela sensação terrível de perda que se abate sobre nós quando alguém por quem temos alguma estima morre, ou quando algo inimaginávelmente mau acontece? pois bem, é assim que me sinto por ter voltado a este buraco rectangular que alguém encafuou na europa por engano. doi por todo o lado. é uma luta enorme só para levantar a cabeça, olhar para a realidade de frente e reprimir o choro. é mau de mais para ser verdade. mau de mais. se por alguma razão estúpida não me deixarem voltar pa polónia em setembro, acho que me atiro duma ponte abaixo.