sábado, 5 de fevereiro de 2011

turn-offs

estava quase a ir pa cama, quando, sem saber muito bem porquê fui ter a um blog cujo último post era sobre os grandes turn-offs dos homens. eu acho sempre piada quando os espécimes que temos por cá ainda têm a lata de se queixar mas enfim, parece que nos tempos que correm, os maiores turn-offs são, e passo a citar: a unha comprida, a mania de arrotar, o tampo da sanita levantado, os palavrões ordinários, o amor devoto ao carro, a doença futebolística, a tendência para olhar para a mulher alheia e, claro está, o machismo, esse monstro mitológico que não há meio de morrer. eu de facto quase sinto a vossa dor. realmente, mulheres do calibre da portuguesa não merecem ter de passar por problemas tão sérios e graves como a unha comprida ou o tampo da sanita. reparem, chegamos a um ponto em que é tudo tão fácil, mas tão fácil, que os problemas que arranjam são estes. não existem, criam-se, a filosofia é esta. o tampo da sanita? vamos lá ser razoáveis, porque razão obscura se acham as mulheres no direito de exigir que o tampo da sanita esteja sempre em baixo? porque sim? só porque sim? dará mais trabalho a uma mulher baixa-lo, do que a um homem levanta-lo (sim eu sei que isto soa a um trocadilho digno do quim barreiros)? eu nunca ouvi nenhum homem, numa qualquer conversa de café com um amigo, a dizer:

- aquela gaja está-me a deixar louco pah, então não é que agora me deixa o tampo da sanita sempre em baixo? já nem sei o que fazer à minha vida.
- ui, foste logo arranjar uma dessas, estás tramado.

eu nunca ouvi. e no entanto, o princípio é o mesmo. a diferença, a única diferença, é que a mulher, qual princesa, tem de arranjar sempre problemas, tem de pôr sempre defeitos, e à falta de melhor, é isto que inventam. o tampo da sanita. é ridículo. há um ditado, que se não me engano, diz mais ou menos assim: "quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho". e é que nem de vidro são. nem de vidro: a ranhosice, a coscuvilhice, a mania de refilar com tudo, o materialismo ordinário, o amor devoto às malas, a doença dos sapatos, a tendência para terem uma guarda pretoriana de cerca de 30 gorilas, sempre de plantão...

e já nem falo no outro lado da moeda. o físico. não vale a pena. turn-offs? o verdadeiro turn-off é uma carteira vazia. haja dinheiro, e eu quero ver quantas de vocês se importam com os pêlos nas costas, ou os tampos das sanitas;).

ps: quem se sentir insultado, estará certamente a enfiar a carapuça;). hasta.

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