sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

generalizo sim senhor!

tenho imensa dificuldade em entender aquelas pessoas que se sentem ofendidas com as generalizações. não será esse sentimento aquilo que na gíria se designa por "enfiar a carapuça"? é que dá toda a ideia que sim, que é, porque objectivamente, a generalização é um conceito perfeitamente válido e aplicável. se temos uma amostra para a qual determinadas características se verificam, é completamente razoável assumir que essas mesmas características, em geral, se verificarão no universo que essa amostra representa. dou um exemplo... não, dou 2 para não me acusarem seja do que for: é errado afirmar que todas as mulheres portuguesas são ranhosas. mas deixa de ser tão errado assim, com base na amostra que se tenha à disposição, afirmar que grande parte o é. é errado afirmar que todo e qualquer homem português é um macaco, burro como uma porta, mais primário que o homem de neanderthal. mas não é de todo descabido dizer que a afirmação anterior é válida para uma percentagem superior a 90% da população masculina portuguesa. espero ter-me feito entender. reparem, não raras vezes, quando se recorre à generalização, vem à tona o argumento "não generalizes, nem todos/todas são assim"... ora, haaaaa... não será isto um pleonasmo? não sei. digo eu. talvez se se substituísse a palavra "generalizes" por "totalitarizes"...

enfim, quem se sente ofendido com generalizações só pode ser por estar a "enfiar a carapuça". eu sou português (infelizmente) e se me dissessem "os tugas são mesmo estúpidos" não só não ficaria ofendido como teria de concordar.

1 comentário:

Fio d'Ouro disse...

E pegando no texto, generalizando e não totalizando, o pessoal prefere The Strokes :D


[Nada nada ofendida com a escolha!]