segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

não tenho telemóvel

uma coisa que costuma espantar as pessoas é quando eu digo que não tenho telemóvel. é verdade, não tenho. sim, eu sei, é uma coisa quase inacreditável nos dias que correm, mas tem a sua razão de ser. para que serve um telemóvel na verdade? dir-me-ão que serve para o óbvio: telefonar, mandar mensagens, tirar fotos, ouvir mp3... mas afinal, por trás dessas funções óbvias, que propósitos serve o telemóvel? bem, um dos mais óbvios é talvez aquele que envolve a macaquice. possivelmente não será surpresa pa ninguém que as sms são hoje em dia uma ferramenta essencial para qualquer macaco que se preze. não há verdadeira macaquice sem marcação cerrada via sms. outro propósito bastante óbvio prende-se com a obtenção de ajuda em situações de emergência. outro ainda deriva das necessidades profissionais inerentes a certas profissões. que mais? pouco mais. e assim se torna fácil de explicar porque razão não tenho telemóvel: simplesmente porque não me faz falta. não tenho namorada a quem aturar, nem me passa pela cabeça vir a ter, como já tornei público, emprego também não tenho, e quanto a situações de emergência, até ver ainda não precisei de um pa nada. claro que sei que há alturas em que até me daria jeito, mas tal não é suficiente pa justificar a posse e manutenção de um telemóvel.

sempre que me perguntam como é possível não ter telemóvel, acabo por responder uma coisa do género: "simples, não sou macaco, não gosto do peso que me faz no bolso, não gasto dinheiro a manter a tmn e não fico ao alcance de quem me queira chatear a cabeça, que era o único uso que o telemóvel ia ter, permitir que me chateassem". pode ser desconcertante, mas geralmente não há como argumentar. a mim, o telemóvel não me faz falta, a verdade é essa. se fizesse, simplesmente tinha um, não é?

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