quarta-feira, 2 de setembro de 2009

minefield II

dando seguimento ao meu último post, bem, só queria dizer que tenho agora a certeza duma coisa: nunca nada se vai passar por aqui. muito menos por uma portuguesa. note-se que não estou a dizer que são todas terríveis e não sei que mais. não estou, apesar de na verdade, grande parte ser mesmo medíocre, em todos os sentidos. o que estou a querer dizer é que acaba por ser irrelevante porque no fim, no fim, mesmo que tudo o resto corra bem, o campo de minas acaba com qualquer boa intenção.

reparem, não é fácil aparecer alguém que tenha piada, que não seja mais do mesmo. não é fácil conseguir levar as coisas a bom porto, não é, e todos sabemos porquê. da maneira que o mercado está desiquilibrado neste país, só podia ser assim. e no entanto, mesmo sendo tão difícil, não é essa, de todo, a pior parte. a pior parte são os "amigos". não há vitória possível contra os "amigos". mais tarde ou mais cedo, a derrota chega. remar contra a corrente é sempre uma solução temporária. e é disso que se trata aqui.

eu falo por mim, fez-se luz há uns dias. pensei para comigo "daniel, e quê? mesmo que por absurdo tivesses conseguido levar as coisas a bom porto, que nem isso conseguiste, que achas que ia acontecer? ela já tem muitos "amigos"... não há nada a fazer"... e foi quanto bastou para limpar todas as parvoíces da cabeça. a verdade tem sempre efeitos espectaculares. e a verdade é que simplesmente, aqui em portugal, à partida, já se sabe o resultado final.

com a cabeça mais limpinha, sei agora bastante bem o que tenho a fazer. deixar de lado parvoíces e focar-me no que é verdadeiramente importante. acabar o curso. e com boas notas. e não preciso de incentivo nenhum, porque sei bastante bem o que consigo fazer. mas se precisasse, ele existe: acabando o curso, posso saír daqui e ir para um país a sério, onde já se sabe como as coisas são relativamente inversas ao que por aqui se tem de aturar. eu estou absolutamente certo duma coisa: se um dia tiver um puto, metade não vai ser portuguesa. e queira deus que o puto saia à mãe. por mim, a raça tuga chega ao fim.

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