quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

comer e calar

uma das características mais engraçadas do portuga é a capacidade para falar. falar o tuga fala. agir, só age se estiverem gajas metidas ao barulho. é a mais pura das verdades. sempre que há pancadaria, é porque há gajas no meio da confusão. é sempre esse o rastilho. ou seja, o tuga só anda à pancada, exactamente por aquilo que não devia. vem isto a propósito de ter acabado de ler mais uma notícia sobre as manifestações de estudantes em inglaterra. quem quiser lêr, está aqui o link. é a terceira vez em poucas semanas que a história se repete. e assim do topo da minha cabeça, entre cimeiras da nato, do g8, simples manifestações de estudantes ou de outro qualquer sector, recordo-me de manifestações dignas desse nome em inglaterra, frança, itália, sérvia, dinamarca, ucrânia, grécia, canadá, chile e venezuela. aumentam-se as propinas? cortam-se os salários? vai-se contra o povo? reacção? em países a sério, há-a sempre. e a línguagem é sempre a mesma, universal, a que toda a gente entende: violência. em portugal contudo, aconteça o que acontecer, nunca se passa nada. as manifestações são um convívio, uma desculpa pa comer bifanas e barrigas. puro entretenimento para os seus supostos alvos, que não podem deixar de rir ao verem ano após ano a mesma reacção às suas agressões: "emprego sim, desemprego não", "ministra para a rua", "não ao aumento das propinas", etc, etc... pois bem, enquanto assim fôr, há-de alguma coisa mudar? não, claro que não. estou em crer que só uma medida poderia causar uma reacção agressiva por parte do povo português, a seguinte: "portugueses, a partir de agora, as poucas mulheres deste país vão ser confiscadas pelo governo para uso próprio, passem bem". ai sim, assistiríamos a um escalar de violência sem paralelo. até lá, tudo vai bem neste rectângulo ranhoso.


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