quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

o playmaker

antes de mais queria começar por dizer que estou neste momento a ouvir sean riley. pronto, vamos lá ao que interessa agora:

a noite de ontem foi surreal. por várias razões até, mas principalmente porque uma rara conjugação de factores, tornou inolvidável o regresso do wuiz pedro aos relvados após lesão prolongada. mas começando pelo ínicio, o meu irmão resolveu fazer com que umas raparigas viessem cá. eu não queria. mas parece que eu não mando nada por aqui. estar-se-ão vocês a perguntar porque razão não quereria eu as raprigas aqui. pois bem, é simples: tamos em portugal. para bom entendedor meia palavra basta. para os outros, eu passo a explicar: todas as condições de trabalho se vão com elas aqui. a música. toda e qualquer conversa com pés e cabeça. a calma para fazer um bom trabalho. e, não fosse isto suficiente, ainda trazem macacos atrás. ou "amigos" se preferirem o termo soft. foi o que aconteceu ontem. acabo eu de tomar banho, entro na sala e lá estava um magnífico exemplar da espécie. não sei como. não sei porquê. mas estava. tudo bem. adiante. a pressa de ir pos bares, para a montra, exibirem-se, la veio ao de cima, e eu pensei que tinha chegado ao fim a macacada. mas não tinha.

uma ou duas horas mais tarde, ouço chamar da rua, e lá vinha uma das raparigas quase em coma. entraram por aqui adentro com a devida escolta de macacos que como é óbvio estava já em modo abutre. mais uma vez, não sei como entraram. não sei quem abriu a porta. so sei que entraram, e a partir desse momento foi a macacada total. algum mérito lhes seja dado pois sentiram-se claramente em casa. desde andarem que nem cães de volta da rapariga que estava meia morta na cama, até pegarem na minha guitarra e começarem com cantorias. valeu tudo. até serem mandados embora. fim da macacada? ainda não.

com a saída de cena dos profissionais, subiu ao palco o sr. wuiz pedro para brilhar como nunca antes tinha ousado. pode o rapaz não ter conseguido concretizar, que não conseguiu, mas que tentou, que suou a camisola, que deu tudo... isso ninguém pode negar. a vitória moral ninguém lha pode tirar.

mas continuando... tinha a macacada já sido muita, e ia a hora relativamente avançada quando vindo não se sabe de onde, apareceu um dos macacos outra vez. como entrou? não sei. essa parte foi um mistério para mim toda a noite. entrou. entrou e em pouco tempo enfiou-se na cama do meu irmão com o cadáver. bonito por si só. mais ainda por ser aqui. esta situação, muito compreensívelmente, revoltou o wuiz, que não se conteve e disse: "olha-me este filho da puta"... o que foi muito bem dito, pese embora não pelas razões certas. a partir daqui as coisas azedaram. quase havia pancadaria entre o wuiz e o meu irmão e não havia meio de se resolver o imbróglio: o cadaver incapaz de se segurar em pé, o macaco a fazer o trabalho de macaco, o wuiz revoltado e a querer correr com o macaco para tomar ele conta da ocorrência, o meu irmão meio apalermado, e eu e o dark, as únicas pessoas com juízo dentro desta casa ontem à noite, já completamente fartos, a ver o tempo passar.

por fim, tudo se resolveu. foi toda a gente embora. eu cheguei a pensar que o meu irmão ia deixar o macaco concretizar, mas vá lá que não deixou. não é que eu ache que quem tem este tipo de "amigos" bué da fixes mereça outra coisa. só que muito simplesmente, a minha casa ainda não virou jardim zoológico. o que aconteceu depois? para onde levaram o cadáver? não sei. já não me diz respeito.

agora eu lanço aqui uma questão, se não tivessem cá vindo, como eu sugeri, o que é que se tinha perdido? alguém sabe? ninguém? ninguém mesmo? ok eu digo: nada. nadinha. tinha-se era evitado uma grande confusão. e grego no chão. parecendo que não...

enfim, que eu nunca hei-de perceber, isso é certo. tamanha confusão por causa de... nada. por mim, podiam leva-las à vontade, não ia levantar um dedo para impedir fosse quem fosse. eu nem pela única tuga a quem achei piada me metia em confusões. nestas confusões. cada um faz o que quer, e só há que aceitar. não há que lutar, nem impedir nada que não seja forçado. o que quer que assim não seja, acabará sempre por acontecer. mais cedo, ou mais tarde...

a maturidade atinge-se quando deixamos de basear o nosso comportamento na perspectiva de chegar ao buraco. nem todos chegamos lá, não é?

inté.

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