tardei, mas estou de volta a cape town. 4º dia, uma segunda feira. já não sei ao certo a que horas acordei, mas foi cedo, como sempre, graças a deus. não terá passado mais de uma hora até estarmos na rua, a caminho do waterfront. sim, sem saber o caminho, à campeão:). o waterfront, para quem não sabe, é um conjunto de bares, restaurantes e centros comerciais, junto ao porto. uma espécie de docas, vá. estavamos com uma fome de cão mas como havia tanto restaurante ainda perdemos muito tempo a decidir. até, mais uma vez, entrarmos num todo elite. serviço todo homossexual, um gajo a escolher os talheres e tal. comi um prato qualquer de carne. mas fiquei com fome na mesma pelo que repeti, repetimos todos. então por 2 refeições e 2 bebidas, num restaurante todo elite, paguei cerca de 12 €. lol.
andamos pelo waterfront a ver aquilo tudo. os centros comerciais e as lojas. os preços da roupa eram parecidos com os daqui. mais barato, mas nada por ai além. lembro-me perfeitamente de ter ficado escandalizado quando, ao passar num dos centro comerciais, numa loja de sapatos e bolsas minúscula, estavam aquilo que pareciam ser 10 ou 11 modelos. e não foi esse o primeiro nem o último escândalo nesse dia. 22 anos de tugolândia não desaparecem em 3 dias. acabamos por ir a um super-mercado comprar algumas cenas e depois voltamos po hotel, não sei bem a que horas, 4 ou 5 da tarde talvez. fomos pa piscina. já não estava cheia de gente como no fim de semana, mas ainda assim, tinha algumas pessoas, inclusivé um inglês hooligan. o gajo curtiu-nos bués. é tão mais envolvente estar num país onde as pessoas não sao ranhosas à partida:). pobre tugolândia. enfim, a hora do jantar lá se foi aproximando e um gajo lá subiu ao nosso 10º andar pa tomar banho. apetecia-me pizza, e como já tinha dado pa ver que um gajo podia comer onde quisesse, na boa, que dinheiro nunca ia ser problema, perguntei à rapariga que tava na recepção onde era a melhor pizzaria da cidade. sorte nossa, não era longe, fomos a pé. pelo caminho encontramos o taxista que nos levou a camps bay, e o gajo falou-nos:) haaa pobre tugolândia que nada vales. anyway, encontramos a pizzaria facilmente, e o facto de aquilo estar a abarrotar de pessoas só podia ser bom sinal. o gajo que nos atendeu lá nos arranjou uma mesa, e eu tratei de fazer a pizza mais saudável do mundo. fiambre, bacon, chouriço no meio de outras cenas. tenho de dizer no entanto que fiquei desapontado, tava à espera duma coisa venenosa, mas não, parecia que tinha pedido uma pizza vegetariana... enfim, não se vêm gordos por lá, por alguma razão tinha de ser. pelo menos o tamanho não desapontava ninguém, eram grandes como o caralho, eu que sou um comilão, vi-me à rasca para comer a minha inteira.
depois de jantar, decidimos ir pa long street mais uma vez, afinal no dia anterior, um domingo, aquilo ainda assim tinha alguma gente. ajudou o facto de um gajo não saber bem para onde ir. aliás, não ter noção das coisas, como se vai eventualmente perceber. continuando, long street estava calma, não muito diferente de domingo, nada do outro mundo, mas ainda ssim, incomparável a qualquer noite aqui na terra do tuga. eventualmente voltamos ao hotel. o gigio ficou a dormir, eu e o meu irmão não. não me apetecia ir dormir, pelo que fui falar com o recepcionista e perguntei-lhe onde ir. o gajo indicou-nos um bar e chamou-nos um taxi. lá veio o nosso taxista do costume. pagamos cerca de 1 € pela viagem. aqui 2,5 € já estão marcados ainda nem o carro saíu do sítio. o bar era um bar agradável, não estava cheio, nem nada que se pareça, mas tinha alguma gente, e desconheciamos nós que lá, a noite ia já avançada. tinham caipirinhas e eu mamei uma. eventualmente os gajos quiseram fechar o bar e começaram a pedir às pessoas pa saír. o meu irmão perguntou a um empregado um sítio aonde ir, e o gajo disparou logo "mavericks, go to mavericks"... e assim foi, um gajo meteu-se num taxi, que estava a ser guiado por um puto que tinha todo o aspecto de ter 15 anos, daí não ter respondido quando o meu irmão lhe perguntou a idade. seja como for, o rapaz levou-nos ao sítio. ia eu todo lançado para entrar, e vem um segurança que me diz assim "hey, you gotta pay before going in" e eu disse "ohh sorry, i had no idea, never been here before". 100 rand de entrada. cerca de 8 €. vejamos, não é muito, aqui não é muito. lá é. um gajo ponderou se devia entrar ou não, não fossem as coisas ser bué caras lá dentro. mas pronto, acabamos por entrar. eu entrei primeiro. mal entro vejo uma gaja a passar à minha frente com as mamas de fora. olho para cima, tavam mais umas quantas a dançar, quase nuas. olho à volta, e vejo montes de gajas practicamente nuas. tinha acabado de entrar num club de strip (ou lá o que era) sem saber. fantástico. pois não se passaram 2 minutos antes de termos 2 loiras mamalhudas em cima de nós. mantive uma conversa bastante interessante com uma delas. até elas se aperceberem que não iam levar nada. então foram embora, e logo a seguir vieram 2 morenas. uma búlgara e uma polaca. a búlgara é possivelmente a gaja mais físicamente espectacular que já vi na vida. eu perguntei-lhe "how did you end up in here?" e ela disse "by plane" e eu disse "oh, i'd never have guessed". elas punham as mãos e esfregavam as mamas, enfim o trabalho normal de uma stripper suponho eu...
-for 200 rand you can touch as much as you like - disse ela enquanto mexia nas mamas.
-nah, i'm not really gonna pay, that's not my thing, i didn't even know this was some kind of strip club before entering. i don't belong here.
-come on, let's go to a room, come on.
-nah, these kind of clubs are not my thing.
-are you virgin? you're virgin, you're virgin - disse como se tivesse descoberto o tesouro dos piratas.
-damn, you caught me, don't tell anyone.
-it's alright, it's alright, i'm virgin too, we're both virgins.
-oh yeah, i bet you are, you all are, i'd bet my life on it.
-really, i'm serious, you don't believe?
-of course i believe - disse eu como, como se acreditasse em tamanho disparate.
-really, i'm virgin - respondeu ela, a insistir no disparate.
-so i've heard, i'm sure you all are.
-come on, 200 rand and you can touch at will, let's go, come with me - tentou ela de novo, enquanto me punha a mão no peito.
-there's only one place i'm going: back to my hotel.
-oh, come on, come with me, i don't bite you know.
-yeah but this is just not my thing, i'm gonna go.
-ok. bye bye then.
-bye bye.
foi nessa altura que me virei po meu irmão, que tava a aturar a polaca, e disse "vamos embora pah". e fomos... lá apanhamos um taxi e fomos po hotel dormir, bem cansado já eu estava. o dia seguinte havia de ser espectacular, e não o sabia ainda.
confesso que houve uma altura em que não tinha tolerância nenhuma para com estas mulheres que, de uma maneira ou de outra, vendem o corpo. mas são tempos que já lá vão. já lá vão uns aninhos. no fundo, no fundo, fazem-no por necessidade ou à força, pelo que só me faz é pena. não acho que seja possível gostarem de levar com toda a espécie de tarados. é que, podem uma vez ou outra apanhar o hugh grant, ou o cristiano ronaldo, mas a maior parte das vezes, é com tarados que têm de lidar. e têm mais dignidade as que cobram pelos serviços, do que as que fornecem os mesmo serviços de forma gratuita (que gratuita nunca é mas pronto). umas por necessidade, outras por interesse e por gosto à arte. digam-me lá qual o menos mau.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
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