terça-feira, 4 de maio de 2010

franz ferdinand

fui ao porto ontem. por franz ferdinand obviamente. que os otários que dizem que bandas "destas" não levam pessoas ao recinto se calem agora. só de braga, deu-me a ideia que foi mais gente po porto, do que vai estar no nosso enterro. comboios e comboios cheios. uma coisa que até enervava. a fazer lembrar os tempos do adecas em que o salvador enchia os autocarros com pessoas como quem empilha sacos de cimento.

na verdade, tenho de admitir que não era de todo previsível que franz ferdinand acabasse por mobilizar tanta gente, afinal o povo gosta é de merda. factos são factos no entanto. os comboios iam cheios de orangotangos e pequeninas. eu chateei-me logo com um gajo trajado que tava para lá com umas caloiras, pois o anormal nunca mais se despachava a tirar os bilhetes. até o gervásio era capaz de ser mais rápido. lá está, há macacos mais espertos que outros. tive de lhe perguntar se ia comprar os bilhetes todos, porque já me tava a passar, e só me apetecia correr com ele da minha frente. o comboio prestes a partir e aquele animal a fazer-me perder tempo por causa dumas pequeninas...

anyway, lá tirei o meu bilhete em 5 segundos, habilidade da qual estou bastante orgulhoso, e enfiei-me no comboio. lá dentro o espectáculo continuou. em frente tinha 3 pequeninas, do lado direito mais 4, e de pé, ao lado, mais umas 5. eu só queria era já estar ceguinho, pois ter-me-ia salvo de passar 1 hora e 30 minutos a ouvir conversas fúteis. uma coisa absolutamente impressionante é ver como não largam o telemóvel. é o david. é o joão. é o tiago. é o pedro. é o bruno. é o andré. é "ele". "ele" a palavra mais repetida. proferida centenas de vezes. "ele já está à nossa espera?". "sabes onde é a casa dele?". "quem mais é que vai tar na casa dele?". "o que é que ele vai comprar pa jantar?". "já comprou os bilhetes ele?". "como é que vamos pa casa dele?". "ele vai-nos buscar a estação". ele. ele. ele. ele. nem o cristiano ronaldo diz tantas vezes "é óbvio". portugal (L).

pelo meio, tempo ainda para uma demonstração da comum ranhosice tuga. num daqueles apeadeiros que há entre braga e porto, entraram 2 indianos. pai e filho muito provavelmente. vinham com malas, e ficaram relativamente perto das pequeninas que iam em pé. pois bem, as meninas, quais princesas, fugiram logo para o outro lado da carruagem. foi uma coisa bonita de se ver. só tinha sido justo eles terem ido atrás delas e terem-nas assaltado.

enfim, a tortura eventualmente conheceu o seu fim quando cheguei ao porto. jantei à pressa, pois a hora ia já adiantada e deitei mãos à obra. tive de trabalhar sob pressão, mas trabalhei bem e à meia-noite já estava a caminho do recinto. a fila para entrar era enorme, mas enfiei-me lá no meio, mesmo à chico esperto, e em 10 minutos tava lá dentro:p. mesmo a tempo do concerto, que começou com a jacqueline, e teve ainda o kapranos a entrar sozinho no palco pa um encore que começou com a walk away. foi bastante bom:).

só para terminar, um louvor pa associação académica da universidade do minho, que consegue fazer um cartaz pior que o anterior, ano após ano. algum mérito lhes seja concedido. eu era capaz de dizer que the hives era um bom nome para um dos dias do enterro... mas é preciso ver que ninguém gosta "destas" bandas. os gajos do porto nunca mais se metem noutra... franz ferdinand? 7€? um mar de gente? aposto que tiveram um prejuízo enorme...

Sem comentários: