quarta-feira, 8 de abril de 2009

i love cape town I

pois é, estive 10 dias em cape town. de 29 de janeiro a 9 de fevereiro estive fora. troquei esta espelunca por cape town e o seu calor. má troca, eu sei.

começou tudo muito bem, ainda em solo nacional quando a tap conseguiu partir com 2 horas de atraso do porto para lisboa. 2 horas de atraso num voo de 40 minutos, muito bom. estou em crer que se um dia a tap cumpre o horário logo haverão passageiros a queixarem-se "então???? mas que pouca vergonha é esta? agora cumprem-se os horários?? até levo a mal, isto vê-se cada uma" . mas lá cheguei a lisboa a tempo de apanhar o voo para joanesburgo, capital mundial da segurança e da luta contra o racismo, e foi precisamente aí, em joanesburgo, que se notou claramente que portugal havia ficado para trás. até um cego surdo e mudo tinha conseguido notar. sentia-se no ar, havia qualquer coisa diferente. havia mesmo. já não era so homens. para dizer a verdade, era até violento para olhos que estão habituados a ver uma quantidade residual de pessoas do sexo feminino no seu raio de visão, ter assim de repente de lidar com tamanho contraste. havia até uma equipa feminina de qualquer coisa, que povoava o aeroporto de loiras de 1,80m de traje vermelho. naquele momento senti-me em casa.

o voo para cape town durou 2 horas, e foram 2 horas de ansiedade. cape town é absolutamente brutal, e desde que chegamos foi sempre a subir. motorista à espera com bruto mercedes (ah é verdade, um porsche lá é como um corsa aqui) para nos mostrar a cidade e levar ao hotel. eu olhava para todo o lado enquanto mantinha uma conversa parva com o motorista. nem acreditava muito bem que estava mesmo lá. e o hotel? uma suite no 10º andar. à patrão, altos quartos, vista po porto, varanda, cozinha, sala, lcd, até sporttv nós tinhamos. sempre a subir como estava a dizer, e não parou. lá descobrimos a piscina, no 4º andar, no topo dum centro comercial adjacente ao hotel. e obviamente como bons portugas que somos tinhamos que ir fazer umas bombas, mesmo sendo contra os regulamentos.

ao fim da tarde, a espanhola da jb trouxe-nos brindes, t-shirts, chapéus, e tretas dessas, e garrafas de whisky. lá nos informou sobre as festas da jb. sobre o que tinhamos de levar vestido... enfim, não gostei da parte de não poder ir de fato de treino sport. lá tive de ir de fato. e se é verdade que eu não gosto de andar de fato, parece que tinha a sua pinta, a acreditar no que me diziam pelo menos... adiante, as 19:00 lá fomos nós para o sítio da festa de recepção, mesmo, mesmo à beira do estádio que estão a fazer para o mundial de 2010. chegados lá, choque. era só loiras. parecia que estavamos na suécia. e comida à pala. comida de patrão. não era uma porcaria qualquer, tipo bifanas. não, era carne de patrão, altos snacks, muitas das coisas nem sei bem o que eram. ahh, e bebida à pala também. agora imaginem o típico tuga nestas condições. que soltassem lá 30 gajos de lei e transformavam aquilo numa selva. o tuga é mesmo pouco civilizado. entao nestas condiçoes: loiras por todo o lado, comida e bebida à pala... acho que se podia ter batido um record de javardice.

foi impecável, só foi pena acabar cedo. mas pronto é o costume deles. fiquei com boa impressão de tudo, caramba, até as gajas que eles puseram lá a trabalhar eram impecáveis, e eram gajas que aqui punham 1000 macacos a fazer qualquer coisa, gajas melhores (fisícamente) que qualquer uma que se veja por aqui. e no entanto, aqui, é nariz empinado e a puta da mania que são alguém quando na verdade são apenas normais, em terra de cego quem tem olho é rei, lá diz o povo, que não é totalmente estúpido.

a noite acabou no quarto das espanholas, o que foi um erro do tamanho do mundo, como se vai perceber mais à frente, mas perdoem-nos, que nós não sabiamos, não podiamos saber. afinal de contas vivemos neste país miserável. o dia seguinte havia de nos levar ainda mais para as nuvens...

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