tenho imensa dificuldade em entender aquelas pessoas que se sentem ofendidas com as generalizações. não será esse sentimento aquilo que na gíria se designa por "enfiar a carapuça"? é que dá toda a ideia que sim, que é, porque objectivamente, a generalização é um conceito perfeitamente válido e aplicável. se temos uma amostra para a qual determinadas características se verificam, é completamente razoável assumir que essas mesmas características, em geral, se verificarão no universo que essa amostra representa. dou um exemplo... não, dou 2 para não me acusarem seja do que for: é errado afirmar que todas as mulheres portuguesas são ranhosas. mas deixa de ser tão errado assim, com base na amostra que se tenha à disposição, afirmar que grande parte o é. é errado afirmar que todo e qualquer homem português é um macaco, burro como uma porta, mais primário que o homem de neanderthal. mas não é de todo descabido dizer que a afirmação anterior é válida para uma percentagem superior a 90% da população masculina portuguesa. espero ter-me feito entender. reparem, não raras vezes, quando se recorre à generalização, vem à tona o argumento "não generalizes, nem todos/todas são assim"... ora, haaaaa... não será isto um pleonasmo? não sei. digo eu. talvez se se substituísse a palavra "generalizes" por "totalitarizes"...
enfim, quem se sente ofendido com generalizações só pode ser por estar a "enfiar a carapuça". eu sou português (infelizmente) e se me dissessem "os tugas são mesmo estúpidos" não só não ficaria ofendido como teria de concordar.
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1 comentário:
E pegando no texto, generalizando e não totalizando, o pessoal prefere The Strokes :D
[Nada nada ofendida com a escolha!]
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