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vou aproveitar este espaço para fazer a mais sentida das homenagens ao poeta. falo como é óbvio de carlos rodrigues, esse admirável escultor da língua portuguesa, luz ao fundo do tunel para todos os jovens, homem justo e de convicções fortes, homem altruísta, sempre pronto a dar a mão a quem precisa, homem que vende cds, cds e k7, homem que estes tempos há muito não merecem. mas mais que as palavras, as minhas, que nada valem, fiquemos com as sábias, as que valem, as do poeta, as que são mais do que apenas palavras, essas que para sempre serão lembradas, as que marcarão uma geração inteira... estas aqui:


Tenho pena que a droga
Atraiçoe a juventude
Que com ela dia a dia
Deiam cabo da saúde

Em todo o mundo existe
E quase ninguém faz nada
É tão triste ver os jovens
Terem morte anticipada

Vem amigo, junta-te a nós a cantar
Se tiveres algum problema, estamos cá para te ajudar
Vem amigo, junta-te a nós a cantar
A droga não vale nada, só serve para matar

Se eu pudesse acabaria
Com essa droga maldita
E ajudava os jovens
Porque a vida é tão bonita

Se tiveres um amigo
Que se droga à tua beira
Não caias na tentação
Que uma vez é a primeira

Vem amigo, junta-te a nós a cantar
Se tiveres algum problema, estamos cá para te ajudar
Vem amigo, junta-te a nós a cantar
A droga não vale nada, só serve para matar

Pensa na tua família
Nas tristezas que lhe dás
Tu ainda vais a tempo
Se quiseres voltar atrás

Vem amigo, junta-te a nós a cantar
Se tiveres algum problema, estamos cá para te ajudar
Vem amigo, junta-te a nós a cantar
A droga não vale nada, só serve para matar
Só serve para matar
Só serve para matar
Só serve para matar



é impossível não ficar tocado tal é o sentimento colocado nas palavras. toca-nos a fúria que o poeta sente tal é a impotência para contrariar o flagelo que é a droga. toca-nos o altruísmo de rodrigues que quer dar a mão a todos os jovens, e cantar. toca-nos o estilo incomparável, a mestria com que as palavras são usadas, tal e qual robin hood com o arco e a flecha. tocam-nos as figuras de estilo que nem sequer conhecemos... "deiam cabo da saúde"... sublime. enfim, mais palavras para quê? um verdadeiro poeta, em toda a extensão da palavra, um trovador dos tempos modernos.

sem mais demora, deixo o link para a obra-prima